A
gravidez indesejada na
adolescência gera efeitos prejudiciais, uma vez que a
maternidade é referida como impacto negativo diante as
condições econômicas, sociais, emocionais e físicas. A
pesquisa se propôs a fazer uma
revisão de artigos que discutem ou abordam os problemas ocorridos durante o pré-natal,
parto e
desenvolvimento do bebê de
adolescentes grávidas através de
revisão da
literatura. A busca das evidências sobre a importância da
educação em saúde no acompanhamento pré-natal de
adolescentes a fim de se minimizar
riscos e contribuir para a
saúde materno-infantil foi realizada em
bases de dados eletrônicos
LILACS,
MEDLINE, SCIELO E BDENF, a partir dos seguintes
descritores gravidez na adolescência,
educação em saúde e
Programa de Saúde da Família. Foram incluídos estudos entre os anos de 2004 a 2010, em
língua portuguesa. A
pesquisa utilizou dezoito artigos científicos, duas linhas guias do
Estado de
Minas Gerais, bem como dois módulos do
curso de
especialização em
Atenção Básica à Saúde da
Família. Os resultados demonstram que a
gravidez na adolescência pode decorrer da
desinformação e da falta de
apoio familiar, acometendo especialmente a
população de baixa renda. Suas conseqüências atingem de forma negativa aspectos emocionais, sociais e biológicos. O
abandono escolar, a dependência econômica dos
pais ou do parceiro, o
medo em relação à reação da sociedade, amadurecimento precoce e a
ruptura com as
atividades de lazer próprias dessa
faixa etária são exemplos de conseqüências deste evento. A
educação em saúde é estratégica no atendimento de
adolescentes grávidas dentro do contexto da
Atenção Primária, além do
conhecimento, constrói vínculos e promove a responsabilização e
autocuidado.