Leveduras do
gênero Cândida são encontradas em diferentes
mucosas de indivíduos saudáveis como parte da
microbiota indígena, sem desencadear processos infecciosos. A
mucosa oral está sujeita ao
desenvolvimento de diversas patologias, muitas das quais relacionadas com o uso de
próteses removíveis, que, paralelamente à sua função reabilitadora, podem agir como um agente irritante aos
tecidos moles da
cavidade oral. O objetivo deste
trabalho foi analisar a
produção científica sobre a ocorrência e
tratamento da
candidíase oral entre os portadores de
prótese total, dando ênfase ao
papel do cirurgião
dentista como orientador sobre os devidos
cuidados para a
prevenção e
cura desta
patologia. Foi realizada uma
revisão sistemática da
literatura mediante
pesquisa bibliográfica de
publicações científicas obtidas através das
bases de dados da
Bireme (
Medline,
Lilacs -
Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde; Scielo- Scientific Electronic Library Online) e
PubMed. A confecção de
prótese removível é necessária, tem função reabilitadora, melhora a
estética e, também, a
autoestima do
paciente. Muitas das
doenças na
mucosa oral estão relacionadas ao uso de
próteses removíveis, que atuam como fator irritante. A
candidíase oral pode apresentar-se clinicamente de três formas distintas
candidíase eritematosa,
candidíase pseudomembranosa e quelite angular. O
tratamento da
candidíase oral inclui
agentes antifúngicos tópicos e sistêmicos, sendo os principais
fluconazol e
anfotericina B. Frente à
literatura consultada pode-se concluir que a
Candidíase esta entre as
lesões da
mucosa oral mais frequentemente encontrada na prática diária do cirurgião
dentista. O cirurgião
dentista tem o
papel de diagnosticar corretamente os diversos
sintomas apresentados nas patologias resultantes da
associação de
candidíase a
próteses dentárias, identificando os fatores, estabelecendo condutas necessárias de
profilaxia e
tratamento.