Os
antibióticos são considerados um dos
medicamentos mais utilizados na
atenção básica e seu uso abusivo tem sido
motivo de preocupação por parte das
autoridades sanitárias. Dentre os vários fatores que levam à utilização incorreta dessa classe de
medicamentos se inclui a dificuldade de se realizar um
diagnóstico preciso com relação à
etiologia, a dificuldade em se escolher corretamente o antimicrobiano adequado, a facilidade em se conseguir o
medicamento em
farmácias comerciais sem a devida apresentação da
prescrição e a falta de rigor na
fiscalização dos estabelecimentos por parte das agências reguladoras. Observou-se que o
exercício da
automedicação com
antibióticos é prática comum na
população brasileira e que esses
fármacos representam uma fatia expressiva de
medicamentos prescritos na
Atenção Básica. Sugere-se melhor
fiscalização na venda de
medicamentos sujeitos a
prescrição, programas de
educação e
orientação direcionados à
população no que diz
respeito aos
perigos e às consequências do uso abusivo e desnecessário de
medicamentos, dentre eles, os
antibióticos e o estabelecimento de critérios de utilização de
antimicrobianos direcionados aos
profissionais prescritores. O objetivo deste estudo é identificar os fatores que têm influenciado a
automedicação com
antibióticos, assim como seu uso indiscriminado e consequências advindas deste uso, além de analisar a normatização do uso racional desses
medicamentos proposta pelos órgãos sanitários. Trata-se de uma
revisão da
literatura de
natureza descritiva realizada através de artigos publicados em periódicos nacionais que abordam a temática.