Este
trabalho é um estudo de
revisão de literatura narrativa sobre a
Síndrome de
Burnout em
trabalhadores do
Programa de Saúde da Família. O Programa surgiu como uma
estratégia para a reorientação do modelo de assistência da
saúde pública no
Brasil, de forma a organizar e otimizar a
efetividade do
Sistema Único de Saúde (SUS). Houve uma mudança do foco de atendimento do âmbito hospitalar para o âmbito familiar e da
comunidade, operacionalizado mediante a implantação de equipes multiprofissionais nas
unidades básicas de saúde do
País, as
Equipes de Saúde da
Família (ESF), passaram a ser responsáveis pela
prevenção, promoção e
vigilância em saúde, além da
prevenção,
diagnóstico,
tratamento e
reabilitação de agravos de uma determinada
comunidade. Esses
trabalhadores passaram a ter inúmeras e diversificadas atribuições, tiveram que assumir uma
postura mais ativa, autonômica e descentralizadora ao servirem de
referência para a
comunidade, deparando-se com as mais diversas situações sociais, econômicas, biológicas e psicológicas. Assim ao desenvolver seu
trabalho, esses
profissionais estão expostos a inúmeros fatores que constituem fonte importante de estresse que, quando crônico, pode levar a
Síndrome de
Burnout, ou
Síndrome do Esgotamento Profissional, um
estado de esgotamento
físico e mental cuja
causa está intimamente ligada à
vida profissional, ocorrendo quando o indivíduo não possui mais
estratégias para enfrentar as situações e conflitos no
trabalho. Este estudo objetiva identificar e caracterizar os fatores que podem levar ao
adoecimento desses
profissionais pela
Síndrome de
Burnout, ao demonstrar e caracterizar o tipo de
trabalho realizado pelas ESF, no intuito de serem evitados e solucionados; e fornecendo informações sobre a
síndrome, afim de a mesma ser cogitada ou percebida como hipótese diagnóstica a frente desses
profissionais, relevante para um
diagnóstico precoce, instauração de um
tratamento correto e um acompanhamento adequado. Estas são questões fundamentais para a promoção e preservação da
saúde do trabalhador, para que assim possam melhor desenvolver suas atividades, minimizando os danos à sua
saúde, melhorando a
qualidade de vida no
trabalho, e assim possibilitar uma assistência integral e de qualidade à
população.