Este estudo emerge do
interesse enquanto
enfermeira da
Estratégia de Saúde da Família (ESF), em orientar o
cuidador ou familiar da
pessoa idosa, tendo em vista as suas dificuldades cotidianas na
atenção qualificada e humanizada do
idoso. Esta monografia tem por objetivo descrever, de acordo com a
revisão de literatura, o
envelhecimento e a
saúde da pessoa idosa; a
assistência domiciliária para a
pessoa idosa oferecida pela ESF, a
atenção ao
cuidador e à
família e as orientações para o
cuidador e, finalmente, a
postura da equipe da ESF frente às ações de
saúde para a
pessoa idosa. Trata-se de um estudo de
revisão de literatura realizado nas
bases de dados
Literatura Latinoamericana e do
Caribe em
Ciências da Saúde (
LILACS),
Biblioteca Eletrônica de Periódicos Científicos Brasileiros (SCIELO),
Biblioteca Virtual de
Enfermagem e
livros pertinentes ao tema. A
consulta às
bases de dados foi realizada entre os meses de novembro de 2010 a junho de 2011 considerando os trabalhos publicados nos anos de 1994 a 2010. É de
conhecimento das equipes a importância do
cuidador ou familiar do
idoso na concretização da assistência a
pessoa idosa no
domicílio, pois representa um elo entre o ser
cuidado, a
família e a equipe. O
cuidador geralmente não aceita ajuda e às vezes acha que somente ele sabe prestar
cuidados, gerando um certo cansaço nesse
cuidador que pode apresentar quadros depressivos e com isso a diminuição da qualidade da assistência prestada. A equipe da ESF deve orientar esses
cuidadores a providenciarem uma divisão dos
cuidados, em que várias
pessoas responsabilizem-se pelo
tratamento, não havendo, assim, sobrecarga para ninguém. A partir do momento em que eles têm
conhecimento de que não somente eles são responsáveis em prestar
cuidados, poderão pedir ajuda quando necessitarem. Atualmente, existem várias
famílias com uma
pessoa idosa no
domicílio, e que necessita de
cuidados mínimos pessoais e muitas vezes o
cuidador não consegue prestar tais
cuidados devido a sobrecarga das atividades do dia a dia; ocorrendo assim consequências que poderiam ser evitadas. O atendimento domiciliário (AD) é uma das
estratégias que ajuda a postergar a
institucionalização, dando suporte às
famílias e aos
cuidadores. Nesta perspectiva, a ESF ou a
Unidade Básica de Saúde (UBS) têm a responsabilidade de captar e manter um elo com a
família da
pessoa idosa. O
papel da equipe frente às orientações do
cuidador da
pessoa idosa é, inicialmente, obter a
confiança e o
respeito não só do
idoso, mas, também, do
cuidador. É notório que a equipe deve permanentemente, após orientar o
cuidador, realizar avaliações em que serão determinadas as
necessidades dos
cuidadores e
pessoa idosa. Ao finalizar este estudo, fica evidente a importância da
atenção da equipe tanto para o
cuidador quanto para a
pessoa idosa. Esta modalidade de
atenção tem o
domicílio como espaço para a
pesquisa e o
planejamento das melhores intervenções, através das visitas dos
profissionais da equipe. A
educação em saúde junto aos
cuidadores pressupõe o
enfrentamento de seus medos e dúvidas, com vistas ao
cuidado humanizado.