A elevação da
pressão arterial é um
fator de risco independente para a
enfermidade cardiovascular. A
hipertensão arterial apresenta
custos médicos elevados, decorrentes principalmente de suas
complicações doença cerebrovascular,
doença arterial coronariana,
insuficiência cardíaca,
insuficiência renal crônica e
doença vascular de
extremidades. Vários fatores têm sido implicados na
adesão ao tratamento da
hipertensão arterial. Dentre eles destacam-se o
caráter crônico e
assintomático da
doença, a
relação médico-paciente, a complexidade dos esquemas de
tratamento e os efeitos colaterais dos
medicamentos. Com base na complexidade do atendimento e acompanhamento clínico desses
pacientes, atualmente, é preconizada a abordagem multiprofissional do
paciente hipertenso. Essa abordagem tem como premissa a integralização do
cuidado e almeja a
conscientização e a tomada de
atitude por parte do
paciente hipertenso no controle de sua
doença. É incentivada a aderência às
medidas comportamentais e também à
adesão ao tratamento anti-hipertensivo farmacológico. O fato de a
hipertensão arterial ser um dos principais
fatores de risco para
desenvolvimento de
doenças isquêmicas do
coração e cerebrovasculares e a segunda maior
causa de morte no nosso
país, contribuíram para o
desenvolvimento deste
trabalho, cujo objetivo foi realizar uma
revisão da
literatura para subsidiar a elaboração de uma proposta de atendimento à
pacientes hipertensos. Dentre as
estratégias a serem adotadas, destacam-se apresentações na
sala de espera,
folhetos explicativos, campanhas municipais, confecção de cartelas e
distribuição do
cartão de
medicamentos, com a
flexibilidade de direcionar a abordagem no sentido do contexto clínico e social de cada
paciente. Dessa forma, busca-se aumentar a
eficácia do tratamento da
hipertensão arterial por meio do
cuidado compartimentalizado entre os diferentes
profissionais de saúde, mas que somam esforços e almejam a
integralidade da
assistência centrada no paciente dentro do seu contexto cultural, social e econômico.