A
Estratégia de Saúde da Família (ESF) é uma alternativa de superação do paradigma dominante no campo da
saúde, pois propõe mudança na
concepção do
processo saúde-doença, distanciando-se do modelo tradicional centrado em
oferta de serviços voltados para a
doença e investe, também, em ações que articulam a
saúde com condições e
qualidade de vida. Uma das formas de enfrentar as dificuldades
presentes na ESF poderia ser a criação de alternativas de relacionamento e
cuidados com os usuários que vão além das consultas individuais. Por exemplo, a priorização das atividades coletivas para orientações e
prevenção das
doenças, atendimentos compartilhados, e em especial, o
desenvolvimento das ações de
promoção da saúde. O objetivo deste
trabalho consistiu em elaborar um plano de ação para reorganização do processo de
trabalho na ESF06 do
Centro de Saúde Glória, com vistas à
oferta de ações coletivas de
promoção da saúde da
população. O
trabalho foi realizado a partir de
revisão de literatura, nas
bases de dados
LILACS e SciELO, relacionando os principais aspectos encontrados na
literatura com os assuntos relevantes ao tema referente ao processo de
trabalho em
saúde,
planejamento e avaliação das ações em
saúde e práticas pedagógicas em
atenção básica. Em um segundo momento foi desenvolvido o plano de ação para
enfrentamento do problema priorizado pela ESF06 uma vez que se detectou inexistência de outras atividades para atendimento à
população ofertada pela equipe, além de consultas individuais e
Visitas Domiciliares. Aliada aos princípios do
SUS, a ESF deve contemplar também ações coletivas que estimulem a
promoção da saúde pela
população,
conhecimento sobre os determinantes do processo
saúde doença e
hábitos de vida saudáveis. A
manutenção do
diagnóstico situacional atualizado, o
planejamento estratégico e o fortalecimento da
intersetorialidade são imprescindíveis para o alcance de resultados favoráveis. A inclusão de espaços coletivos de
promoção da saúde e, atendimentos compartilhados à
população, constituem
estratégias para estimular o
autocuidado, a
autonomia dos indivíduos e incentivar a co-responsabilização no processo
saúde doença.