A
gravidez na adolescência é
motivo de preocupação em função das consequências delicadas para o
desenvolvimento tanto da
mãe quanto da
criança. Essa situação pode ser agravada na ocorrência de um
parto prematuro para a
adolescente. Este
trabalho objetivou analisar aspectos e características das
mães adolescentes que tiveram filhos
prematuros em Iturama/MG. Foram analisados percentual de
adolescentes que tiveram seus filhos
prematuros,
idade gestacional no momento do
parto,
grau de escolaridade,
estado civil, idade da
adolescente, tipo de
parto e número de consultas de pré-natal. Estes aspectos foram obtidos através de dados secundários disponibilizados pelo Departamento de
Informática do
SUS (DATASUS) no período de 2000 a 2011. Os resultados encontrados mostram o quanto é vulnerável e exposto a
riscos o grupo dessas
mães adolescentes que representaram 27,5 % das
gestantes que tiveram filhos
prematuros no período. Dentre essas
mães adolescentes 17,3 % tinham entre 22 ou 31 semanas de
idade gestacional no momento do
parto; 44,0 % possuíam menos de oito anos concluídos de estudo; 81,3 % se declararam solteiras; 9,3 % compreendiam de 10 a 14 anos; 45,3 % foram submetidas à partos cesáreos; e 68,0 % realizaram entre 1 e 6 consultas de pré-natal. É demarcada assim a importância do
sistema de saúde, sobretudo da
atenção primária a saúde/
estratégia de saúde da família, para as possíveis intervenções
vigilância dos
indicadores e características da
gravidez na adolescência mesmo apresentando diminuição no índice de
gravidez em
adolescentes no município;
ações educativas sobre
sexualidade e
contracepção voltadas para o público
adolescente aliado a disponibilidade de
métodos contraceptivos para os
jovens; e uma assistência no ciclo gravídico-puerperal dessas
adolescentes voltada para assistir essa "dupla
prematuridade" (materna e do concepto).