A confirmação da
febre do Chicungunya (CHKV) é feita através do
diagnóstico laboratorial utilizando-se um dos três testes a seguir, a depender da data do início dos
sintomas 1-
Isolamento viral, 2-
Reação em cadeia de polimerase em
tempo real (RT-PCR), 3- Sorologias
IgM e
IgG. Para o
isolamento viral a amostra de
sangue deve ser coletada de preferência nos 3 primeiros dias do início dos
sintomas e do 1º ao 8º dias para o
PCR. Para a
pesquisa de
anticorpos IgM coletar amostras preferencialmente a partir do 4º dia de início de
sintomas (até aproximadamente 2 meses, embora
IgM possa persistir por maior
tempo). Para
pesquisa de
anticorpos IgG ou ensaio de
anticorpo neutralizante mostrando títulos crescentes, devem ser coletadas duas amostras, separadas por intervalo de 14 dias, sendo a primeira amostra coletada após o 70 dia do início dos
sintomas. Além do
sangue outras amostras podem ser utilizadas como o liquido
cérebro-espinhal,
líquido sinovial, ou ainda biópsias de
tecidos ou órgãos. Não existe até o momento
antiviral específico para o CHKV, sendo o
tratamento inteiramente sintomático ou de suporte. Para o
tratamento da
fase aguda, que dura em média 7 dias, recomenda-se manter o
paciente em
repouso e aplicar compressas frias nas
articulações acometidas. Prescrever
dipirona ou
paracetamol para controle da
febre e
dor, ou
codeína para os
casos refratários.
Ingestão de líquidos (oral ou endovenoso, de acordo com a
gravidade do quadro) para reposição de
perdas por
sudorese, vômitos e outras
perdas deve ser instituída. Os
anti-inflamatórios não esteroides (
ibuprofeno,
naproxeno,
ácido acetilsalicílico) não devem ser utilizados na
fase aguda. Ressalte-se que o
ácido acetilsalicílico também é contraindicado nessa fase da
doença pelo
risco de
Síndrome de Reye e de
sangramento. Os
esteroides estão contraindicados na
fase aguda, pelo
risco do
efeito rebote. Pode-se indicar
fisioterapia com exercícios leves para os
pacientes em
recuperação. Já nas fases subaguda (com duração média de 3 meses) ou crônica (duração maior que 3 meses),
indica-se
anti-inflamatório não hormonal para alívio do componente artrítico. Uso de
analgésicos mais potentes como
morfina ou uso de
corticosteroides podem ser necessários para
pacientes com
dor intensa que não obtiveram alívio com os
anti-inflamatórios não hormonais. Na presença de
fatores de risco (
gestantes,
crianças < 2 anos,
idosos,
pacientes com comorbidades) está indicado controle clínico diário até desaparecimento da
febre. Diante de
sinais de
gravidade, recomenda-se manejo em leito de internação. A
Febre do CHKV é
doença de notificação compulsória imediata, devendo ser notificada imediatamente (menos de 24h) por
telefone para
Gerencia de
Epidemiologia GEREPI ou Centro de Informações Estratégicas em
Vigilância em Saúde (CIEVS).