A condição de
saúde bucal constitui fator de grande interferência na
qualidade de vida dos indivíduos. A
cárie dental e a
doença periodontal representam as
doenças mais prevalentes na
população brasileira e as maiores
causas de
perdas dentárias, consequência que mais oferece impactos na
qualidade de vida dos indivíduos, em todas as dimensões, seja
física, funcional, nutricional e até mesmo psicossocial. Investigando os determinantes dos problemas bucais, pudemos encontrar na
literatura uma gama de trabalhos, que evidenciam a influência marcante dos
fatores sociais, econômicos e culturais, na
distribuição desigual dos problemas de
saúde bucal na
população, com maior
prevalência de
doenças bucais na
população menos favorecida. O contexto em que se inserem os indivíduos revelou-se um grande modulador dos
hábitos e estilos de
vida, assim como da
percepção e do
cuidado das
pessoas com a sua
saúde bucal. E, por isso, passou a ser considerado um importante instrumento de discussão nas
políticas públicas de saúde. Com relação às mudanças ocorridas na
Odontologia, nas últimas décadas, a
prevenção ganhou destaque e o indivíduo passou a ter mais acesso aos serviços públicos de promoção à
saúde bucal,
prevenção aos agravos,
recuperação da
saúde bucal e
reabilitação, através da incorporação das
equipes de saúde bucal na
Estratégia de Saúde da Família. Tais ações podem contribuir para a redução das desigualdades de
acesso aos serviços de saúde bucal e das práticas mais radicais, bem como possibilitam a melhoria da condição de
saúde bucal dos indivíduos, podendo, assim, contribuir para a melhora do nível de
qualidade de vida da
população.