O presente estudo constitui-se de um estudo exploratório e descritivo. A partir de dados preocupantes de
suicídio ou tentativas de, no município em
Lagoa da
Prata -
Minas Gerais, buscamos identificar, na
revisão de literatura, como as intervenções para
prevenção do
comportamento suicida têm acontecido na
Atenção Primária. Com os
descritores suicídio,
fatores de risco e
Atenção Primária foram levantados os artigos de periódicos,
livros, programas e demais materiais em
bases de dados e
bibliotecas. A
análise do material estudado apontou que o
suicídio é um fenômeno multidimensional, presente na sociedade e que acompanha a
história da humanidade, no
tempo e espaço, hoje de forma mais evidente, em uma sociedade que parece cultuar a
morte. Inúmeros são os
fatores de risco a desencadearem o desfecho do
suicídio saúde mental (desordens de humor, como a
depressão; ou
transtornos psicóticos como
esquizofrenia);
saúde mental associada ao
abuso de substâncias como
drogas e/ ou
álcool;
história familiar de
suicídio;
perdas (relacionamentos,
saúde, identidade); eventos de muito estresse (
pressão social,
abuso sexual e ou corporal, instabilidade familiar, mudanças sociais, etc.); acessibilidade a
métodos letais como
armas de fogo; exposição ao
suicídio (
familiares ou
amigos); problemas legais (
prisão) e conflito de identidade sexual; dentre outros.
Presentes nos mais variados contextos, esse fenômeno apresenta hoje índices crescentes, em decorrência do alarmante número de
pessoas que põe fim à própria
vida. Segundo a
Organização Mundial da Saúde (OMS), o
suicídio ocupa o segundo lugar entre as mortes mais violentas do mundo e se torna um problema de
saúde pública. O estudo levou a inúmeras observações, sendo possível elencar no que se refere a
tratamentos de
prevenção de
suicídio, que há uma relação direta entre redução de morbidades psiquiátricas e
risco de
suicídio; que ainda é incipiente o
conhecimento sobre o valor preventivo nas diversas intervenções existentes; que uma pequena parcela de
pacientes com
risco de
suicídio recebe
tratamento adequado. Faz-se necessário ainda, o reconhecimento e identificação dos inúmeros
fatores de risco e de
proteção serem fundamentados em teorias capazes de compreenderem o
comportamento humano. No
Brasil o programa de
saúde existente direcionado aos suicidas, em potencial, não é específico e nem eficiente. Não existem formação e preparação adequadas dos
profissionais as
Saúde da
Atenção primária. Acredita-se que através de um
trabalho, dos
profissionais da Saúde da
Atenção Primária, com mais
conhecimentos acerca do
suicídio e seus
fatores de risco, é possível detectar suicidas em potencial e fazer o
encaminhamento dos mesmos ao
tratamento adequado, antes que tentam ou cometam o ato extermínio.