Inúmeros estudos vêm mostrando o aumento significativo de
idosos nos últimos tempos, o
envelhecimento populacional é uma tendência inexorável e vem se tornando um processo rápido e intenso. Com o aumento da
expectativa de vida, as
pessoas idosas, podem apresentar muitas
doenças crônicas que requerem
tratamento farmacológico contínuo com um número cada vez mais alto e diversificado de
medicamentos e consomem também mais
serviços de saúde ficando as internações mais frequentes e mais longas. Frente a esta situação surge a necessidade de se pensar uma
estratégia para melhorar a
organização do serviço que possibilite o
monitoramento do
uso de medicamentos de forma sistematizada dos
idosos que fazem uso de alguma
medicação, na tentativa de orientar a forma correta de tomar a
medicação que lhes é prescrita. De modo geral este é um dos maiores desafios enfrentados pelos
profissionais de saúde que atuam na
atenção primária, pois a não adesão aos
medicamentos ocorre também em
adultos portadores de
diabetes e
hipertensão arterial sistêmica. Este
trabalho tem como objetivo realizar uma
revisão bibliográfica sobre o uso inadequado de
medicação por parte dos
idosos usuários da
Estratégia de Saúde da Família. Para o
desenvolvimento do estudo, optou-se por fazer uma
revisão narrativa da
literatura, realizada por meio de
levantamento de artigos publicados na base de dados Scielo e
Lilacs e também dos Manuais do Ministério da
Saúde e da Secretaria Estadual de
Saúde de
Minas Gerais. Os resultados apontaram que os principais fatores que dificultam a adesão do
idoso ao
tratamento são a idade avançada,
sexo,
consumo de bebidas alcoólicas,
tabagismo, dificuldades de adaptação (
dose, horário, quantidade), presença de efeitos colaterais indesejáveis, incapacidade
física,
cultura e
crenças da
população,
falha na
distribuição gratuita da
medicação pelo
serviço de saúde, entre outros.