A utilização aumentada de
psicofármacos é um problema que ocorre em todo o mundo. O aumento de diagnósticos de
transtornos psiquiátricos, novos
medicamentos disponíveis e as novas
indicações terapêuticas de
psicofármacos existentes são fatores relacionados a esta evidência. Desta forma, o estudo é relevante para a
Estratégia Saúde da Família uma vez que este problema é uma realidade na nossa sociedade e constitui
motivo de preocupação para o setor
saúde. O objetivo geral da
pesquisa foi realizar uma
revisão bibliográfica sobre a utilização e uso abusivo de
psicofármacos na
atenção primária por meio de uma
revisão narrativa de artigos científicos e
livros-texto que abordavam o tema. Os principais fatores envolvidos no uso de tais
medicamentos são
ansiedade, estresse,
depressão,
insônia e
problemas sociais. Portanto, existe a preocupação quanto ao seu uso abusivo devido aos
riscos de dependência que leva a dificuldades quando se deseja a
interrupção do tratamento. Um dado apresentado em vários estudos foi o fato das
mulheres apresentarem maior
prevalência de uso desses
medicamentos. A maior
prescrição destes aos
jovens também foi citada como contribuição para o aumento do
consumo. Os
psicofármacos mais utilizados foram os benzodiazepínicos e os
antidepressivos. A alta
prevalência do uso crônico mostra a importância da indicação adequada e do acompanhamento
médico regular desses usuários. O
planejamento de ações que visem à
qualidade de vida dos usuários, disponibilização de outras formas de
tratamento e
conscientização acerca dos diagnósticos psiquiátricos podem contribuir para o uso racional e consciente desses
medicamentos. Os
profissionais de saúde envolvidos neste processo devem atuar de forma preventiva, limitando o uso dos
psicofármacos às suas verdadeiras indicações.