Este
trabalho relata os aspectos conceituais e operacionais do
acolhimento quando implantados nas
Equipes de Saúde Bucal / Equipes
Saúde da Família. O processo de
acolhimento representa uma
estratégia inovadora na
humanização da
atenção em
saúde pública através do estabelecimento de
vínculo e responsabilização com a
comunidade, favorecendo assim, o acesso, e a capacidade de escuta às demandas dos usuários. Para tanto, realizou-se uma
revisão narrativa da
literatura acerca do
acolhimento no período de 2000 a 2011, onde os dados utilizados foram pautados nas
bases Medline,
Lilacs,
PubMed,
BVS-MS, SciELO e Google acadêmico. Como resultados foram selecionados 13 artigos que relatam experiências da implantação do
acolhimento em
Unidades Básicas de Saúde em sete estados nacionais, sendo narradas não só as transformações ocorridas, mas também os desafios a serem enfrentados. Estes artigos também possibilitaram uma avaliação do relato de entrevistas com
trabalhadores e usuários acerca da
percepção desta ferramenta ao longo do processo de
trabalho. A partir destas informações observou-se que para a implantação do processo de
acolhimento nos
serviços de saúde bucal são necessários
ambiente acolhedor; elaboração de arranjos organizacionais adaptados à singularidade de cada unidade (
fluxograma com
classificação de risco);
reuniões de equipe;
incentivo à
educação permanente;
controle social; além da
gestão colegiada. Concluiu-se que a operacionalização do
acolhimento nas Equipes
Saúde da Família / Equipe
Saúde Bucal requer amplas transformações envolvendo
articulações entre usuários,
trabalhadores e gestores.