Sendo a
Atenção Primária à Saúde a preconizada como porta de entrada do usuário aos
serviços de saúde o presente
trabalho pretende abordar o uso abusivo de
psicofármacos na
unidade básica de saúde, uma vez que este problema é uma realidade no município de Lassance-MG e constitui
motivo de preocupação para o setor
saúde. Este estudo teve por objetivo compreender a prática de
prescrição,
dispensação e uso prolongado de
psicofármacos, a partir de uma
investigação bibliográfica dos principais estudos dentro da
literatura sobre o assunto. Para o
desenvolvimento do
trabalho foi realizada
revisão narrativa de
literatura por meio da busca
digital nas
bases de dados Scielo (Scientific Eletronic Library),
Lilacs (
literatura Latino - Americana e do
Caribe em
Ciências da Saúde),
Biblioteca Virtual de
Saúde, Base de dados de
Enfermagem (BDENF),
Organização Mundial da Saúde,
Organização Pan Americana de
Saúde. Com a
Reforma Psiquiátrica houve maior interação entre a
Atenção Primária à Saúde e a
Saúde Mental quebrando tabus e
crenças sobre o
transtorno mental. As conclusões da
investigação foram que as principais indicações para o uso de
psicofármacos são os
transtornos mentais graves, a
ansiedade, estresse,
depressão,
insônia e
problemas sociais existindo a preocupação com os
riscos de dependência. O
trabalho foi discutido com demais
profissionais da saúde com vistas de planejar ações que visem melhorar a
qualidade de vida dos
pacientes e
conscientização acerca de contribuir para o uso racional e consciente dos
medicamentos. Pretendeu também trabalhar esta questão na
comunidade mostrando a alta
prevalência do uso crônico e a importância da indicação adequada e acompanhamento regular
médico. O estudo sugere que a ocorrência de uso indevido de
psicofármacos envolve não apenas o sistema de controle da
dispensação, mas uma
série de outros fatores, entre os quais as
atitudes dos
profissionais.