A cárie, na atualidade, pode ser definida como a falta de equilíbrio nos processos de
desmineralização e remineralização do
dente, na presença de microorganismos, os
Streptococcus mutans e de
dieta. Esse processo dinâmico pode ser mediado pela ação do
flúor por meio de diversos veículos seja na
dentição decídua ou na
dentição permanente. A
fluoretação da água do sistema de
abastecimento é considerada a
medida mais efetiva de controle da
prevalência da
doença quando se consideram
medidas de impacto coletivo. Entretanto, no
Brasil, ainda existem municípios sem
fluoretação da água e com alto índice de cárie em ambas as dentições. O presente estudo propôs uma
revisão de literatura sobre as alternativas de controle de cárie na
dentição decídua em municípios sem
fluoretação de
água e se deparou com
medidas educacionais, materno-infantis, além da necessidade de
adoção de
programas preventivos que incluam uma abordagem multiprofissional com
trabalho educativo e motivacional para os
pais ou responsáveis. A importância ao acesso ao
serviço de saúde no primeiro ano de
vida e das consultas subseqüentes regulares, associadas a melhorias das
condições socioeconômicas e culturais da
população sugerem ser as
medidas necessárias para o controle da
doença.