ABSTRACT
Neste estudo, o autor apresenta os resultados de uma experiência acumulada durante a realização de 115 operações ditas difíceis, por via laparoscópica, de outubro de 1992 a outubro de 1998, no Hospital da Real e Benemérita Sociedade Portuguesa de Beneficência do Rio de Janeiro. Nesse período, 438 pacientes com colecistopatias calculosas foram selecionados para cirurgia vídeo-laparoscópica sendo que, em 115 (26,3%) deles houveram situações intraoperatórias complicadoras que poderiam tornar a técnica laparoscópica inexequível. Esta dissertação relata alguns aspectos históricos importantes na evolução tanto da cirurgia vídeo-laparoscópica quanto da colecistectomia. São descritos a ampliação na indicação do procedimento, assim como a diminuição de suas contra-indicações. O autor conclui que é imprescindível que o cirurgião conheça as suas limitações tanto na hora de decidir que deve converter a cirurgia, ainda que não tenha gasto determinado tempo na tentativa de contornar uma situação complicada, como na hora de insistir um pouco mais na vídeo-laparoscopia e não privar o seu doente dos benefícios relatívos a técnica.