ABSTRACT
Este artigo é conseqüência da experiência do autor como supervisor de um grupo de pesquisa clínica cujo enfoque é a prostituição na adolescência. Considerando a abordagem feita por algumas psicoterapias psicanalíticas, o autor sustenta que a prostituição nesses casos deve ser compreendida como uma cena psíquica e não simplesmente como um ato delinqüente. Ele afirma que dois aspectos intrapsíquicos determinariam tal cena: 1) a presença de um superego muito severo; 2) o desafio à mãe. O objetivo da pesquisa visa promover uma nova abordagem da prostituição entre as jovens, pela psicanálise e pelas psicoterapias, que funcione de forma preventiva, oferecendo uma alternativa simbólica mais adaptada e menos culpabilizante.
This article stems from the authors experience as a supervisor in a clinical research group focusing on prostitution in adolescence. Considering the approaches made by some psychoanalytic psychotherapies, the author suggests that, in these cases, prostitution should be understood as a psychic scene and not merely as a delinquent act. He states that two intra-psychic aspects determine this scene: 1) the presence of a very severe superego; 2) a challenge to the mother. This researchs goal is to promote a new approach, by psychoanalysis and by other psychotherapies, towards female adolescent prostitution, that works as a prevention, offering a more adapted and less guilt-ridden symbolic alternative.