ABSTRACT
O marolo (Annona coriaceae) é uma espécie pertencente à família Annonaceae, cuja distribuicâo na América do Sul acompanha a zona tropical, sendo nativo em regiô do cerrado brasileiro (Minas Gerais, Goiàs e Distrito Federal). Apesar da tendeê de extincâo, em funcâo de desmatamentos e da substituicâo dos pés por culturas de grande extensâo de terra, as frutas sâo bastante consumidas pela populacâo local e comercializadas em feiras e beiras de estrada. Entretanto a literatura nâo oferece nenhum dado da composicâo química destas frutas. Neste senteido foi feita a determinacâo dacomposicâo centesimal e do teor de vitamina C, vitamina A, e taninos na polpa do marolo amarelo, além da determinacâo das características físico-químicas do óleo das semestes. As determinacôes foram feitas e beiras de estrada. Entretanto a literatura ainda nâ ofrece nenhum dado da composicâo química destas frutas. Neste senteido foi feita a determinacâo da composicâo centesimal e do teor de vitamina C, vitamina A, e taninos na polpa do marolo amarelo, além da determinacâo das características físico-química do óleo das semestes. As determinacôes foran feitas em 5 lotes de frutas provenientes de regiâo de Alfenas, sul de Minas Gerais (safra de 1992). Encontrou-se uma composicâo média de 77 por ciento de umidade, 13 por ciento de acucares totais e 11 por ciento de acúcares redutores, 1 por ciento de proteína bruta, 3 por ciento de lipídeos, 5 por ciento de fibra e 1 por ciento de resíduos mineral fixo. Os teores de vitamina C e A foram 8,2 mg/100g e 117,5 RE/100g, respectivamente e o teor de tanino foi 245 mg/100g. O marolo apresentou, portanto, teores elevados em fibras e lipídeos quando comparados com a maioria das polpas de outras frutas. O teor de vitamina C foi equivalente aos encontrados em abacate, abacaxi e melancia, e o valor de vita,ina A equivalente aos encintrados em mamâo, pêssego, goiaba e várias outras frutas tropicais. A semente contém 45 por ciento de óleo em base seca. A composicâo e as características físico-químicas mostram que é possível produzir um óleo de boa qualidade, com grande potencial para o mercado de óleos finos, mas a presenca de alcalóides precisa ser melhor estudada. A eliminacâo destes compostos poderia ser experimentada pelo refino ou extracâo com prensas contínuas. Os resultados valorizam a boa qualidade de vendo estimular a preservacâo e até o cultivo da espécie