ABSTRACT
Objetivando analisar o valor da classificação histólogica subjetiva clássica dos diferentes graus de fibrose hepática em portadores de esquistossomose Mansônica grave ( cirúrgica) , avaliou-se a possível associação entre essa classificação e as percentagens médias de fibrose medidas por histomorfometria. vinte e um adultos e vinte e três crianças foram incluídos no estudo. todos foram submetidos a esplenectomia e ligadura da veia gástrica esquerda. os achados hitopatológicos foram avaliados em secções de biópsia hepática coradas pelo tricrômio de Masson. Utilizou-se a avaliação histólogica clássica do Serviço de Anatomia Patológica do Hospital das Clínicas (HC) da UFPE. O estudo histomorfométrico foi feito através de morfometria seme-automática usando o sistema de análise e precessamento de imagem Leica Q500 MC. A percentagem média (x) de fibrose mais ou menos um desvio padrão (DP) foi categorizado como grau II(8,1 até 26por cento); até um DP(8por cento) foi caracterizada como grau I; acima da média mais um desvio padrão (>26por cento) como grau III, Três, de 5 pacientes (60por cento) classificados com grau I, pela histomorfometria, foram concordantes com a classificação clássica, enquanto dois foram classificados como grau III. Onze, de 33 pacientes(33por cento) classificados como grau II pela classificação clássica, enquanto 22, foram grau III. Seis pacientes foram concordantes no grau III nas duas classificações. A medida de concordância Kappa (K), entre as duas classificações, revelou um K=0,234, evidenciando uma discreta força de confiabilidade de associação entre a classificação clássica e a sugerida pelos valores de percentual médio da histomorfometria da fibrose hepática. Os achados histomorfométricos da fibrose de Symmers em pacientes esquistossomóticos graves submetidos à cirurgia não dão suporte à classificação clássica utilizada no serviço de Patologia do HC-UFPE