ABSTRACT
Este estudo piloto procurou verificar o perfil e o custo das prescrições atendidas na farmácia ambulatorial de um hospital público infantil de Fortaleza. De um total de 410 receitas recolhidas aleatoriamente, foi verificada a prescrição de 826 medicamentos, em que cada receita continha dois medicamentos em média; o salbutamol (10,65 por cento) foi o fármaco mais prescrito, seguido do mebendazol (10,17 por cento), sulfato ferroso (9,80 por cento) e da dipirona (9,68 por cento). A preferência dos médicos, entre os grupos terapêuticos, recaiu em geral sobre os antimicrobianos (25,18 por cento), seguidos dos antiparasitários (19,25 por cento) e das drogas antiinflamatórias não esteroidais (17,67 por cento). O preço médio de 407 receitas foi de R$ 18,03 (dezoito reais e três centavos), o que correspondeu a 15,02 por cento do salário mínimo brasileiro. No Ceará, a maioria dos chefes de família (90,58 por cento) recebe até 3 salários mínimos. Assim, as despesas com a terapia medicamentosa estão fora do contexto salarial da população cearense, o que tornaria inviável parte do tratamento, se não existisse no HIAS a assistência farmacêutica gratuita