ABSTRACT
A presença de Escherichia coli em alimentos deve ser considerada quanto a origem fecal da contaminação e a patogenicidade comprovada deste microrganismo para o homem, particularmente de linhagens como a E. coli enterohemorrágica e e. coli enteroagregativa, classificadas atualmente como emergentes. A partir de amostras de produtos de origem animal, como leite, hamburguer, salsicha, etc, comercializadas no Estado do Ceará, foram isoladas e caracterizadas bioquímica e sorologicamnte 124 cepas de E. coli, sendo 113 (91 por cento), pertencentes ao grupo EPEC (E. coli enteropatogenica), 4 (3,5 por cento) ao EIEC (E. coli enteroinvasora) e 7 (5,6 por cento) não foram classificadas até o momento. Estas cepas apresentaram 10 (dez) modelos de resistência a antibióticos sendo que aproximadamente 63 por cento demonstraram resistência entre 2 a 11 antibióticos. A sulfonamida e a amicacina foram os agentes que apresentaram menor e maior eficiência, respectivamente. Foi evidenciada a presença de múltiplas bandas plasmidiais em 09 cepas selecionadas com diferentes perfis e apresentando resistência múltiplas entre 5 a 7 antibióticos, reforçando o mecanismo de transferência desta resistência.