ABSTRACT
Enterobacter spp são considerados importantes agentes causais de infecção, especialmente em indivíduos hospitalizados. A resistência natural destes microorganismos e a grande facilidade com que desenvolvem resistência a novos antimicrobianos tornam este gênero importante objeto de estudo. Foram usadas 176 cepas isoladas de amostras clínicas diversas, isoladas de pacientes hospitalizados (Hospital Universitário Domingos Leonardo Cerávolo) e pacientes ambulatoriais (Laboratório de Análises Clínicas da Faculdade de Farmácia e Bioquímica da Unoeste), ambos em Presidente Prudente-SP. E. cloacae (78,9 por cento), E. aerogenes (7,9 por cento) e E. (pantoea) agglomerans (3,9 por cento) foram mais freqüentemente isolados. Foram testados onze antimicrobianos pela técnica de difusão em ágar e cerca de 90 por cento das cepas apresentaram resistência a cefalotina, ampicilina e cefaclor. As cepas de E. (pantoea) agglomerans apresentaram perfil mais amplo de sensibilidade. Por outro lado, uma cepa de E. cloacae apresentou resistência a todos os antimicrobianos testados. Os antimicrobianos com maior poder inibitório foram imipenem e cefepima, por esta razão estes antimicrobianos seriam o tratamento de escolha em terapêutica emergencial. Esta terapia emergencial poderia ser aplicada com relativa segurança, já que foi demonstrada uma homogeneidade no padrão de sensibilidade a estes antimicrobianos, independentemente do sítio de infecção e da espécie isolada. Em nenhuma cepa foi detectada a enzima ESBL pelo teste da dupla difusão.