ABSTRACT
A campanha anti-rábica no Brasil é realizada anualmente utilizando a vacina de cérebro de camundongos lactentes Fuenzalida-Palacios. A resposta imune humoral de cäes vacinados durante as campanhas foi analisada objetivando avaliar se os cäes apresentavam título protetor (0,5 UI/ml), 12 meses após a vacinaçäo, e quantos deles alcançam esse título 30 dias após o reforço vacinal. Foram analisadas 341 amostras de soro de cäes domiciliados (259 do município de Säo Paulo e 82 do município de Paulínia), através da Técnica de Inibiçäo de Focos de Fluorescência Rápida. A resposta imune foi avaliada considerando o estado nutricional do animal e o número de vacinaçöes anteriores. A maioria dos cäes näo tinha título de 0,5 UI/ml após 12 meses, independentemente do estado nutricional, e a resposta humoral ao reforço vacinal mostrou-se melhor em cäes com duas ou mais vacinaçöes prévias. Säo discutidos o referencial de 0,5 UI/ml como título protetor para a espécie canina e a influência do estado nutricional e condiçäo de saúde do animal como responsável pela resposta imune humoral
Subject(s)
Rabies Vaccines/immunology , Dose-Response Relationship, Immunologic , Rabies/epidemiology , Animal Nutritional Physiological Phenomena , Immunization Programs/veterinaryABSTRACT
Relata-se um caso de infecçäo natural de raiva em morcego insetívoro Myotis nigricans, no Município de Ribeiräo Pires, Grande Säo Paulo (Brasil). O diagnóstico realizou-se através das técnicas de imunofluorescência e inoculaçäo intracerebral em camundongos, do tecido nervoso e da musculatura da regiäo interescapular do morcego
Subject(s)
Animals , Rabies/transmission , Chiroptera/microbiology , Rabies virus/isolation & purificationABSTRACT
No período de janeiro de 1988 a dezembro de 1992, foi realizado diagnóstico de raiva em 289 morcegos através das técnicas de imunofluorescência direta e de inoculaçäo intracerebral em camundongos. Dois morcegos insetívoros da espécie Nyctinomops macrotis se apresentam positivos, representando 0,69 por cento da amostra. Esses morcegos foram capturados, ainda vivos, em 1988 a 1990, na sala de um apartamento no sétimo andar e no muro de uma casa, respectivamente. Ambos em bairros residenciais. Apresentaram período de incubaçäo de 13 a 11 dias, respectivamente, na prova biológica. A existência de morcegos insetívoros infectados com o vírus da raiva, é preocupante, uma vez que essa populaçäo parece ser cada vez mais frequente em áreas urbanas, porém isto näo justifica açöes predatórias indiscriminadas contra as espécies, principalmente levando-se em consideraçäo a importância do morcego no equilíbrio ecológico da populaçäo de insetos, abundante em área urbana