Influência do grau de sobrecarga de volume na classe funcional e na hemodinâmica das lesões regurgitantes mitrais cronicas / Influence of the volume overload degree in the functional class and in the hemodynamics of chronic regurgitant mitral lesions

Foi analisado o comportamento clinico e hemodinamico perante dois graus de sobrecarga de volume em 19 pacientes com insuficiencia mitral cronica. Observaram-se poucas alteracoes hemodinamicas nas regurgitacoes leves, embora a rigidez elastica do VE (Kp) estivesse elevada a 71% pertencessem em classes funcionais I-II. Nas regurgitacoes graves, embora houvesse aumento do volume diastolico final do VE (VDF), do debito sistolico angiografico (DS), da resistencia periferica (RP) e da pressao media em capilar pulmonar (CAP), a fracao de ejecao (FE) e a pressao diastolica final do VE (Pd2VE) nao foram diferentes dos valores dos normais (N). A Kp deste grupo foi menor que no anterior e 91% encontravam-se em classes funcionais III-IV. O aumento do volume regurgitante (VR) e que determinou a elevacao do CAP e a reducao do debito sistolico efetivo (DS ef) nas classes funcionais III-IV. A reducao da Kp, na insuficiencia mitral, so ocorreu nas regurgitacoes graves, havendo, pelo contrario, nos casos leves, uma elevacao da Kp. A Pd2VE e a FE sao variaveis de pouca confianca na avaliacao do estado do VE nesta doenca e o VE e um importante determinante da classe funcional na insuficiencia mitral cronica

Verapamil no tratamento da emergencia hipertensiva. / Verapamil in the treatment of hypertensive emergency

Quarenta e cinco pacientes com emergencia hipertensiva foram tratados com verapamil, na dose de 5,48 a 6,68 micrograma/min, administrado por EV em gotejamento continuo de uma solucao contendo 50 mg da droga diluidos em 200 ml de soro glicosado a 5%. Nao se observou alteracao substancial da frequencia cardiaca apos a administracao do farmaco (reducao de 9,7%). Seus efeitos na pressao arterial foram observados ja a partir de 2 min de infusao, com reducao da PA media de 169 mais ou menos 22 para 120 mais ou menos 16 mm/Hg (30%) em 2 hs. Nao houve diferenca entre a reducao da pressao arterial sistolica e diastolica. O controle imediato da pressao arterial, a obtencao de niveis tensionais adequados e a quase ausencia de efeitos colaterais justificam o uso do verapamil para o tratamento das emergencias hipertensivas

Verapamil nas emergencias hipertensivas.Analise de 129 casos. / Verapamil in hypertensive emergencies. Analysis of 129 cases

Foram selecionados 129 pacientes com diversos tipos de emergencias hipertensivas para tratamento com verapamil. Os pacientes foram monitorizados, sua pressao arterial medida com esfigmomanometro, a frequencia cardiaca obtida pelo eletrocardiograma. A solucao utilizada foi preparada com 50 mg de verapamil diluido em 200 ml de soro glicosado a 5%, sendo infundida na veia gota a gota durante 180 minutos. A partir de 2 minutos da infusao observamos uma reducao significativa da pressao arterial sistolica e diastolica. A reducao maxima da pressao arterial sistolica foi de 38% e da pressao diastolica de 25%. A frequencia cardiaca sofreu pequena variacao inicial, e somente no final da infusao, sua reducao foi estatisticamente significativa. Os efeitos colaterais observados foram discretos nao sendo necessario interromper a infusao do farmaco. Concluimos que o inicio de acao imediato, a facilidade de controle dos niveis tensionais e a ausencia de efeitos colaterais importantes, tornam o verapamil droga de valor para o tratamento de emergencias hipertensivas