ABSTRACT
Este trabalho avalia a existência de correlaçäo entre o estágios de mineralizaçäo radicular dos dentes segundos molares inferiores e a calcificaçäo da regiäo da articulaçäo metacarpofalangeana do primeiro dedo, principalmente o osso sesamóide e a epífise da falange proximal, com o propósito de facilitar a estimativa da época de ocorrência do surto de crescimento puberal e do potencial de crescimento remanescente do paciente de ortodontia preventiva e interceptora. Foram feitas radiografias intra oral e do dedo polegar do lado esquerdo de 72 crianças do sexo feminino, na faixa etária de 08 e 13 anos de idade, além de ficha clínica com dados pessoais como altura, peso, idade cronológica e época de ocorrência da menarca. A amostra foi selecionada entre os pacientes das clínicas odontológicas do centro Biomédico da UFES. Os dados obtidos foram comparados e analisados estatisticamente aplicando-se o coeficiente de corcordância Kappa (K) e intervalo de confiança de 95 por cento. Os resultados mostram que a maioria das crianças que estäo nos estágios 6 e 7 de Nolla ainda näo apresentam osso sesamóide, apresentam estágio epifisário B e estáo no início do surto de crescimento. Crianças no estágio 8 de Nolla apresentam início de formaçäo do sesamóide, estäo proximas ao pico de velocidade de crescimento puberal, apresentam estágio epifisário C e ainda näo tiveram a menarca. Crianças nos estágios 9 e 10 de Nolla já apresentam o osso sesamóide formado, estäo além do pico de crescimento puberal, apresentam estágios epifisários D e E e, em geral, näo tiveram a menarca. Com relaçäo à curva do surto de crescimento puberal, crianças até o estágio 8 de Nolla se encontram na curva ascendente. Foi verificada a existência de correlaçäo entre os estágios iniciais de calcificaçäo radicular e o início do surto do crescimento puberal; entre o estágio intermediário de formaçäo radicular e o pico de velocidade máxima e entre os estágios finais de calcificaçäo radicular e o final do surto