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Rev. AMRIGS ; 66(3): 01022105, jul.-set. 2022.
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1425028

ABSTRACT

Introdução: A obesidade infantil representa um grande desafio de saúde pública, pois suas repercussões na criança englobam alterações físicas, fisiológicas e emocionais, resultando em risco de interferência na qualidade de vida. O presente estudo buscou avaliar a qualidade de vida de crianças obesas de um ambulatório universitário do sul de Santa Catarina. Métodos: Estudo observacional com delineamento transversal com crianças obesas dos Ambulatórios Médicos de Saúde da Universidade do Sul de Santa Catarina. Aplicaram-se os seguintes instrumentos: Autoquestionnaire Qualité de Vie Enfant Imagé (AUQEI), questionário sociodemográfico elaborado pelas autoras e pesquisa de dados em prontuário. Resultados: Participaram do estudo 44 crianças obesas com idades entre quatro e doze anos. O escore médio total obtido pela avaliação da qualidade de vida através do AUQEI foi de 48,7 pontos, representando qualidade de vida não prejudicada. O fator família obteve o maior valor e os fatores autonomia e lazer, os menores valores. Quanto às questões específicas, os mais altos escores foram aqueles relacionados a aniversário e férias, e os mais baixos, à hospitalização e a estar longe da família. Houve associação estatisticamente significativa entre o fator autonomia com a frequência à escola e entre o fator família com a presença de irmãos. Conclusão: Não houve prejuízo na qualidade de vida das crianças obesas, apesar da proximidade do escore médio total com a nota de corte (<48). A maior média no AUQEI para o fator família demonstrou a importância desse meio para a vida das crianças.


Introduction: Childhood obesity represents a significant public health challenge because its repercussions on the child encompass physical, physiological, and emotional alterations, resulting in a risk of interference with quality of life. The present study aimed to evaluate the quality of life of obese children from a university outpatient clinic in southern Santa Catarina. Methods: Observational study with cross-sectional design with obese children from the outpatient clinic of the University of Southern Santa Catarina (Universidade do Sul de Santa Catarina [UNISUL]). The following instruments were applied: Autoquestionnaire Qualité de Vie Enfant Imagé (AUQEI), a sociodemographic questionnaire prepared by the authors, and research of data in medical records. Results: Forty-four obese children with ages ranging from four to twelve years participated in the study. The total mean score obtained by evaluating the quality of life through the AUQEI was 48.7 points, representing an unimpaired quality of life. The family factor achieved the highest score, and the autonomy and leisure factors the lowest scores. As for the specific questions, birthdays and vacations got the highest scores, and hospitalization and being away from the family scored the lowest. There was a statistically significant association between the autonomy factor and school attendance and between the family factor and the presence of siblings. Conclusion: There was no impairment in the quality of life of obese children despite the proximity of the total mean score to the cutoff score (<48). The highest mean AUQEI score for the family factor demonstrated the importance of this environment for the children's lives.


Subject(s)
Pediatric Obesity
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