ABSTRACT
Os autores discutem as estratégias de tratamento para fístulas arteriovenosas durais, considerando as diversas configurações anatômicas, como a presença de refluxo venoso cortical (RVC) e os padrões de drenagem venosa. Casos ilustrativos são apresentados com as diferentes características angiográficas, enfocando nos padrões de anatomia arterial e venosa, drenagem venosa normal e a presença de refluxo venoso cortical. Uma revisão da fisiopatologia e atuais classificações é apresentada. As estratégias de tratamento são discutidas, com foco nas terapias endovasculares disponíveis. As fístulas arteriovenosas durais deveriam ser tratadas levando-se em consideração os elevados riscos de hemorragia presentes quando existe RVC. As estratégias de tratamento devem objetivar a cura angiográfica e clínica, conseguida com baixo risco de complicações quando se utiliza um manejo multidisciplinar, após cuidadosa análise e entendimento da drenagem venosa cerebral, respeitando-se a anatomia da lesão e a drenagem venosa cerebral normal.