ABSTRACT
Nos veröes de 1984 e 1985, foram feitos ensaios com armadilhas para pesquisa da Aedes aegypti. Em ambas as oportunidades destacou-se a armadilha feita cortando em três pedaços um pneu de automovel. A armadilha autocida de Chan, modificada por Cheng et al. (1982), näo foi capaz de competir com o pneu e os depósitos de barro, usados rotineiramente pela Superintendência de Campanhas de Saúde Pública (SUCAM). Verificou-se, também, que a colocaçäo de plantas nas armadilhas aumenta muito a atratividade. Entretanto, essa prática näo é interessante para uso rotineiro. Principalmente no caso do pneu é imprescindível o recolhimento da armadilha, por ocasiäo da inspeçäo e o seu enchimento com água. Este sistema dobrou a positividade dos pneus. Essa presença de ovos näo eclodidos exige que as armadilhas sejam flambadas antes de serem expostas. O encontro de pupas sete dias depois da exposiçäo, mostra que esse prazo näo pode ser ultrapassado. O pneu, além de ter se revelado a armadilha mais eficiente, tem a vantagem de ser de custo nulo e näo ser quebradiço
Subject(s)
Aedes , Disease Reservoirs , Insect ControlABSTRACT
A aplicaçäo espacial de inseticidas iniciada por Gorgas e Oswaldo Cruz, perdeu importância com o aparecimento do DDT, mas voltou a ser usada com o desenvolvimento dos inseticidas fosforados de baixa toxicidade. Nessa fase, entretanto, o nível tecnológico é diferente. O aviäo e o helicóptero permitiram a nebulizaçäo de insteicidas sob forma de produto técnico e, em seguida, apareceram máquinas portáteis e transportadas em viaturas capazes de realizar essa tarefa. Pouco demorou para que fosse resolvido o problema do tamanho das gotas que, para mosquitos, tem que ser inferior a 20 micron. Essas aplicaçöes a ultrabaixo volume (UBV) começaram a ser usadas no Brasil contra Culex quinquefasciatus e seu uso foi incrementado depois da reintroduçäo, no país, de Aedes aegypti. Uma série de trabalhos experimentais visando a um método de fazer baixar, rapidamente, a densidade desse mosquito foi iniciada pela Superintendência de Campanhas de Saúde Pública (Sucam), em 1984, com a aplicaçäo de Sumitiom (Fenitrotiom) técnico. Em seguida foi experimentada a concentraçäo de 60%, em óleo de soja e, depois, Sumitiom e Malatiom a 40%, com resultados satisfatórios. Na máquina motorizada (Leco) a vazäo foi de 127 ml/min com a viatura a 10 Km/hora, o que equivale, teoricamente, a uma dose de 300 ml/ha. Em favelas da cidade do Rio de Janeiro essa concentraçöes deram ótimos resultado, quando aplicadas com máquinas portáteis (Micro-gen) e (Hatsuta) com doses de 12 a 21 ml/casa em áreas ingremes e de 4,5 ml/casa em terenos planos. Com essas máquinas as aplicaçöes desses inseticidas a 25%, também em favelas, deram resultados razoáveis. Nessas máquinas portáteis há necessidade de conseguir uma modificaçäo que diminua a vazäo do inseticida, para melhorar o espectro do tamanhos as gotas. Com base na bibliografia disponível sugere-se novos experimentos com concentraçöes mais baixas de inseticida
Subject(s)
Animals , Culicidae , Insecticides , Nebulizers and Vaporizers , BrazilABSTRACT
Utilizando dados sobre as endemias rurais ou seus vetores e os mapas geológico, geomorfológico e de vegetaçao, foi possível separar áreas onde essas endemias podem ou nao ocorrer. A malária nao ocorre num tipo de chapada e noutro de várzea. Só estará livre de leishmaniose muco-cutânea a floresta da planície aluvial. Já a cutânea difusa é restrita a algumas matas de várzea. Os caramujos hospedeiros intermediários da esquistossomose poderao aparecer, depois do desmatamento, em todas as áreas nao sujeitas a inundaçao. A febre amarela tem ocorrido em todas as florestas e até nas matas ciliares das zonas campestres
Subject(s)
Disease Reservoirs , Disease Vectors , Leishmaniasis , Malaria , Schistosomiasis , Yellow FeverABSTRACT
Utilizando um mapa de domínios morfoclimáticos e um de vegetaçao, foram estudadas as área de dispersao da espécie e obtidas as seguintes onclusoes: 1 - Lutzomyia intermedia é um flebótomo que ocorre nas florestas que apresentam o seu máximo de desenvolvimento nas encostas úmidas, mas, que ocupam também áreas de relevo pouco movimentadas ou planas. 2 - No Brasil, essas encostas pertencem às serras do Mar e da Mantiqueira e, no noroeste da Argentina, situam-se na Cordilheira dos Andes. 3 - É provável que a espécie exista nas serras florestadas do interior do nordeste brasileiro
Subject(s)
Ecosystem , PsychodidaeABSTRACT
Em quatro bairros da cidade do Rio de Janeiro, foram feitos ensaios de tratamento focal com abate granulado a 1 ppm e perifocal com pó molhável de Sumition a 2,5%. Esses tratamentos foram feitos tanto isoladamente quanto em conjunto e, também, associados à aplicaçao de inseticida a ultrabaixo volume. Os índices prediais, levantados um mês depois de terminado o trabalho, mostraram que o tratamento focal dispensa qualquer medida auxiliar. O tratamento perifocal mostrou-se inócuo e incapaz de impedir o aparecimento de larvas de Aedes aegypti e de outros insetos, em pneus pintados, na face externa, com Sumition e com Malation
Subject(s)
Aedes/microbiology , Insecticides , Malathion , Mosquito Control , Aedes/parasitologyABSTRACT
Observaçöes realizadas no Estado do Espírito Santo mostraram que o Aedes albopictus, ao ser introduzido no Brasil, näo modificou, significativamente, o seu comportamento. Os criadouros säo os mesmos utilizados na Asia e situados, de preferência, em áreas abertas. Os mosquitos adultos se abrigam em vegetaçäo baixa e freqüentam pouco o domicílio