ABSTRACT
Objetivo: Descrever a prevalência da hipertensão arterial sistêmica (HAS) segundo características demográficas (idade, gênero) e socioeconômicas (escolaridade e renda familiar mensal) em Amazônicos residentes no município de Tefé/AM. Metodologia:Trata-se de estudo transversal, de base populacional, realizado por meio de inquérito domiciliar com 451 adultos, com idade variando de 20 a 78 anos. A amostra da pesquisa foi obtida por amostragem complexa. Consideraram-se hipertensos aqueles que apresentaram pressão arterial ≥140/90mmHg e/ou que referiram uso de medicação anti-hi-pertensiva. Testes descritivos e de regressão logística foram aplicados para estimar o efeito da idade, gênero, escolaridade e renda familiar mensal na prevalência da HAS. Resultados: As prevalências da HAS atingiram 26,8% da amostra total, 34% dos homens e 21% das mulheres. Entre os homens, apenas a idade contribuiu para o aumento da prevalência da HAS. Neste caso, a frequência da doença foi 3,24 vezes maior em homens com idade superior a 35 anos quando comparada à faixa de 20 a 35 anos (Intervalo de 95% de Confiança [IC95%]: 1,52-6,89). Nas mulheres, o aumento da prevalência da hipertensão arterial sistêmica foi relacionado com a variação etária e o número de anos de estudo. Entre as mulheres investigadas, a frequência da HAS aumenta 3,64 vezes (IC95%: 1,71-7,78) entre as par-ticipantes com idade acima de 35 anos e 7,78 vezes (IC95%: 1,77-34,27) naquelas com baixa escolaridade. Conclusão:Os achados do presente estudo reforçam a necessidade da vigilância dos indicadores demográficos e socioeconômicos de suscetibilidade como medida de prevenção e detecção precoce da hipertensão arterial sistêmica. (AU)
Objective: To describe the prevalence of systemic arterial hypertension (SAH) according to demographic (age, gender) and socioeconomic characteristics (schooling and monthly family income) in Amazonian residents in the municipality of Tefé/AM. Methodology: This cross-sectional, population-based study was conducted through a household survey of 451 adults, ranging in age from 20 to 78 years. The research sample was obtained by complex sampling. Those who had blood pressure ≥140/90mmHg and/or who reported use of antihypertensive medication were considered hypertensive. Descriptive and logistic regression tests were applied to estimate the effect of age, gender, schooling and monthly family income on the prevalence of SAH. Results: The prevalence of hypertension was 26.8% of the total sample, 34% of men and 21% of women. Among men, only age contributed to the increased prevalence of SAH. In this case, the frequency of the disease was 3.24 times higher in men over 35 years of age than in the 20-35 age group (95%CI: 1.52-6.89). In women, the increase in the prevalence of systemic arterial hypertension was related to the age variation and the number of years of study. Among the women investigated, the frequency of SAH increased 3.64 times (95%CI: 1.71-7.78) among participants aged over 35 years and 7.78 times (95%CI: 1.77-34, 27) in those with low schooling. Conclusion: The findings of the present study reinforce the need for surveillance of demographic and socioeconomic indicators of susceptibility as a preventive measure and early detection of systemic arterial hypertension. (AU)