ABSTRACT
O estudo objetivou avaliar resultados imediatos e tardios da cirurgia das reoperaçoes em pacientes portadores de valvopatias, analisando o seguimento do paciente e nao da prótese empregada. Foram analisados retrospectivamente 697 (419 fem. e 278 masc.) pacientes que foram reoperadosentre 1970 a 1993. A idade média foi de 43,4ñ17,9 anos. Como diagnóstico pré-operatório, 281 (40,3 por cento) apresentavam disfunçao de prótese, 212 (30,5 por cento reestenose pós comissurotomia, 103 (14,7 por cento) tiveram rotura e 101 (14,5 por cento) trombose da prótese. Reoperaçao em valvopatias representou uma média de 7,38 por cento de todo o movimento cirúrgico do Serviço, sendo, nos últimos 2 anos, 26,7 por cento das operaçoes por valvopatia. A mortalidade hospitalar foi de 9,89 por cento, e o intervalo entre a l( e a 2( operaçao foi de 77ñ37 meses. Desses pacientes, llO já foram submetidos a uma 3( operaçao no nosso Serviço, com intervalo médio de 81ñ28 meses e 10 já foram submetidos a uma 4( operaçao. A mortalidade tardia foi de 16,6 por cento e o seguimento médio de 14 anos, com perda de seguimento de 18,7 por cento de pacientes. Ao contrário da maioria dos estudos de reoperaçoes onde é acompanhada a evoluçao de determinada prótese, nós procuramos enfocaro paciente e sua evoluçao clínica. Os resultados demonstram que a incidência de reoperaçoes na prática do Serviço vem aumentando sucessivamente e que esse tipo de operaçao pode ser realizado com um risco aceitável, e seus resultados, ainda que nao excelentes a longo prazo, permitem ao paciente uma sobrevida razoável e a oportunidade de uma nova operaçao.