Your browser doesn't support javascript.
loading
Show: 20 | 50 | 100
Results 1 - 2 de 2
Filter
1.
Physis (Rio J.) ; 28(3): e280324, 2018. tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-976531

ABSTRACT

Resumo Este estudo objetivou compreender como os médicos lidam com o processo de comunicar a morte aos familiares em um hospital de emergência. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, embasada na antropologia interpretativa e médica. A coleta dos dados deu-se em um dos maiores hospitais públicos de emergência da América Latina, ao longo de nove meses de observação participante. Foram entrevistados 43 médicos. A análise foi êmica e guiada pelo modelo dos signos, significados e ações. Embora a morte seja um evento frequente pela gravidade dos casos atendidos, os médicos percebem as vivências da comunicação do óbito como uma das tarefas mais árduas do seu fazer profissional. Fazem uso de roteiros, eufemismos, mecanismos defensivos, enfatizam a gravidade clínica e informam progressivamente sobre o agravamento do quadro, para que a morte seja aguardada pela família e encaixada na rotina da emergência. Os signos e significados estão especialmente correlacionados ao paradigma biomédico, veem o fato como tabu e fracasso, enquanto as ações evidenciam a morte e a interação intersubjetiva como terreno obrigatório de emoções, que ocorrem escondidas pelo profissional. Os elementos apontados podem subsidiar intervenções, planejamento e gestão na atenção à saúde, no âmbito da educação, saúde do trabalhador e organização institucional.


Abstract This study aimed to understand how physicians deal with the process of communicating death to relatives in an emergency hospital. It is a qualitative research, based on interpretive and medical anthropology. The data were collected in one of the largest public hospitals in Latin America, during nine months of participant observation. A total of 43 physicians were interviewed. The analysis was emic and guided by the model of signs, meanings and actions. Although death is a frequent event due to the seriousness of the cases being attended to, doctors perceive the experiences of the communication of death as one of the most arduous tasks of their professional practice. They use scripts, euphemisms, defensive mechanisms, emphasize clinical severity and progressively report on the worsening of the condition, so that death is expected by the family and embedded in the emergency routine. Signs and meanings are especially correlated to the biomedical paradigm, regarding it as taboo and failure, while actions evidence death and intersubjective interaction as a compulsory terrain of emotions, which occur hidden by the professional. The mentioned elements can subsidize interventions, planning and management in health care, in the field of education, workers' health and institutional organization.


Subject(s)
Humans , Physician-Patient Relations , Attitude to Death , Death , Emergency Medicine , Emergency Service, Hospital , Brazil , Anthropology, Medical
2.
Physis (Rio J.) ; 26(2): 435-453, abr.-jun. 2016.
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-789507

ABSTRACT

Resumo Nas sociedades complexas, confere-se aos médicos um saber sobre-humano que desafia a morte e a contesta como parte da vida. Nos serviços de urgência e emergência, diversos profissionais atuam diuturnamente e de modo muito próximo com a vida e com a morte. Este artigo analisa a prática médica ocidental a partir de um trabalho etnográfico realizado junto a médicos que trabalham num serviço de urgência e emergência de uma grande cidade. Buscou-se compreender a forma como esses médicos, enquanto indivíduos, sujeitos e profissionais lidam com a vida e com a morte em sua práxis. A análise dos dados apontou para relações éticas, institucionais, culturais e idiossincráticas na atuação médica diante da(s) vida(s) e da(s) morte(s) das pessoas assistidas.


Abstract The complex societies attribute to the physicians a superhuman knowledge that defies death and refuse to recognize death as part of life. In urgency and emergency services, several professionals work daily and nightly close to life and death. This article analyzes the Western medical practice, based on an ethnographic study conducted with medical professionals who work in a big city emergency and urgency health service. We aimed to understand how these doctors, as individuals, subjects and professionals, deal with life and death in professional praxis. Data analysis pointed to ethical, institutional, cultural and idiosyncratic relations in medical action facing the life(ves) and death(s) of the assisted people.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Health Knowledge, Attitudes, Practice , Hospitalists , Death , Emergency Medicine/ethics , Ethics, Medical , Anthropology, Medical , Brazil , Qualitative Research
SELECTION OF CITATIONS
SEARCH DETAIL