ABSTRACT
Os autores apresentam 410 casos de abortamento espontâneos em clínica de esterilidade conjugal, dos quais apenas 32 (7,8//) necessitaram esvaziamento uterino cirúrgico. Destes 9 (nove) obedecendo protocolo da fertilizaçäo assistida com transferência de embriäo, e tendo evoluído para o abortamento. Oito (n=8) por suspeita de manuseio ginecológico, cinco (n=5) por suspeita de mola hidatiforme, nove (n=9) por fatores psicossomáticos envolvidos e apenas um (n=1) devido a sangramenteo uterino abundante. As eliminaçöes espontâneas (n=378) e "loquiaçöes" ocorreram em prazo máximo de 4 semanas näo ocorrendo qualquer complicaçäo neste grupo, levando em consideraçäo que näo houve exame ginecológico em momento algum. A administraçäo de medicamentos estro-progestativos e uterolíticos durante a gestaçäo näo mudaram a evoluçäo. Discutem os autores a necessidade de dosagem de beta-HCG e exames ecográficos frequentes, principalmente visando excluir neoplasia trofoblástica gestacional, e além disso, de boa relaçäo médico-paciente. Acreditam estarem evitando assim "stress" físico local, emocional e complicaçöes dos fatores de abortamentos espontâneos de repetiçäo ou näo pré-existentes. Resta considerar os problemas em adaptar-se esta conduta ás condiçöes dos serviços-escolas ou ambulatórios ginecológicos gerais. Neles, o atendimento médico tem características peculiares quanto a relato médico-paciente, além dos problemas nas repetiçöes de exames instrumentais e laboratoriais. Em trabalho em evoluçäo em nosso ambulatório-escola discute-se estes aspectos