ABSTRACT
Constance chega à análise pelo pronunciamento queixoso de um tempo que alterou sua vida. Dizia ela sobre o momento que foi violentada sexualmente, traumatizada quando o tempo parou, congelou. Suas sessões circundam em torno do tema: tempo e trauma. Suas falas repetitivas indicam uma coordenada temporal sincrônica. A idéia de dois tempos distintos no processo subjetivo para a instalação de um trauma mostra a importância do efeito de retroação na cadeia discursiva, produtor de uma significação. Constance, em constância, amarra essas produções temporais como tentativa de antecipar o tempo de compreender proposto por Lacan como uma das dimensões da temporalidade do campo do Outro. Não é só-depois que a elaboração ou a conclusão podem acontecer é no durante...
Subject(s)
Psychoanalysis , TimeABSTRACT
A presente pesquisa objetiva examinar processos interpretativos na clínica psicanalítica a partir de sua análise retórica e lógica. Adotou-se como referência a teoria proposta por Lacan (1966) com relação à importância do significante e do sujeito em face da interpretação. Estabeleceu-se como problema verificar a compatibilidade entre os conceitos que regem a noção de interpretação sob o paradigma lingüístico, notadamente centrado nas idéias de metáfora e metonímia, e o paradigma lógico, reunido nos conceitos de alienação e separação. Para isto examinou-se uma passagem do caso clínico conhecido como Homem dos Lobos (Freud, 1918), demonstrando convergência entre as perspectivas interpretativas e retóricas discutidas.
Subject(s)
Language , Psychoanalysis , Psychoanalytic Interpretation , Unconscious, Psychology , LinguisticsABSTRACT
Este trabalho tem como objetivo discutir um fenômeno psicossomático - a alopécia - que marca a história de Yuri desde os seus três anos de idade. A metodologia utilizada é a de um estudo de caso, evidenciando os significantes que foram timbrados nessa criança com síndrome de Down e o lugar por ela ocupado no discurso parental. Fica evidente que o fenômeno psicossomático ataca o real do corpo, produzindo um imaginário familiar impossibilitado de ser atravessado pela ordem do simbólico. A direção do tratamento é a de produzir cadeia nas complexas relações entre as funções biológicas do corpo e da linguagem