ABSTRACT
Este artigo procura evidenciar dificuldades inerentes aos processos de gestão pública participativa, tomando-se como caso a gestão das políticas públicas para a infância e juventude, através dos Conselhos Municipais de Direitos da Criança e do Adolescente. Argumenta-se que da diversidade de agentes presentes no campo, com a correspondente variedade de intencionalidades políticas, concepções e práticas destinadas à infância e juventude, decorrem particularismos que caracterizam a intervenção desses agentes. Assim, os processos de gestão pública através dos colegiados participativos devem contemplar o equacionamento da diversidade de projetos políticos em pauta e, a partir disso, a formação de consensos. Postula-se que ações específicas como diagnósticos e planos de ação, incorporados como rotinas procedimentais desses Conselhos realizariam de forma ótima as necessidades de consenso presentes no campo