ABSTRACT
Introdução: Os transtornos esquizofrênicos se manifestam como uma perturbação do humor e do comportamento em geral, um mau entendimento de fatos, bem como uma diminuição da filtragem dos estímulos. Os estudos epidemiológicos realizados no Brasil originam estimativas de prevalência compatíveis com as observadas em outros países, sendo que a prevalência aproximada é de 1%. Objetivo: Estimar o perfil epidemiológico da esquizofrenia, transtornos esquizotípicos e delirantes dos pacientes internados pelo Sistema Único de Saúde nos municípios da Região Carbonífera Catarinense no período de 1998 a 2009. Metodologia: Estudo ecológico, descritivo e temporal, que buscou caracterizar a epidemiologia da esquizofrenia, transtornos esquizotípicos e delirantes em relação à faixa etária, gênero, média dos dias de internação e o valor pago pelas internações hospitalares. Resultados: Ocorreram 5736 internações no período, com prevalência média na região de 13,4(±3,1)/10.000 habitantes, com predomínio masculino 16,4(±4,2)/10.000 habitantes e 10,4(±1,8)/10.000 habitantes para o sexo feminino, com uma proporção média homem:mulher de 1,57:1. O grupo de 40 a 49 anos apresentou as maiores taxas de internações [média de [32,2(±6,7)/10.000 habitantes]. Os homens permaneceram com a maior média de dias de internação [3,1(±0,9)/10.000 habitantes] e os pagamentos das autorizações de internações hospitalares cresceram nos municípios ao longo dos anos analisados. Conclusões: A região da AMREC apresentou média de prevalência de internações para esquizofrenia, transtornos esquizotípicos e delirantes acima do esperado. A caracterização epidemiológica da nossa região pode nortear futuras pesquisas e também novos planejamentos e avaliações das ações públicas de saúde.