ABSTRACT
Até os anos 1990 acreditava-se que para manter uma homeostase adequada era preciso que o sistema cardiovascular obedecesse a um ritmo regular, ou seja, um "bom coração" seria aquele capaz de manter um ritmo regular de pouca variabilidade. Contudo, novas abordagens oriundas do estudo de sistemas dinâmicos não-lineares trouxeram evidências teóricas e experimentais mostrando exatamente o contrário: maior adaptabilidade homeostática relaciona-se com uma maior capacidade do sistema cardiovascular em gerar padrões de ritmicidade mais erráticos, de maior complexidade. Assim conjectura-se que um sistema cardiovascular avaliado em repouso, com um padrão dinâmico mais complexo e menos regular, disponha de uma faixa dinâmica mais ampla de adaptação permitindo melhor regulação homeostática. Neste trabalho, demonstra-se a utilidade de medida estatística simples para estimar o grau de complexidade do padrão temporal de ritmicidade cardíaca, denominada entro pia amostral, aplicada a dados do repositório PhysioBank, disponíveis na Internet. Mostra-se que ela declina com a idade e que é menor em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva. Por ser facilmente acessível aos clínicos perante a disponibilidade universal de sistemas digitais de monitoração, sugere-se o uso de entropia amostral em protocolos clínicos de hipertensão arterial para, por exemplo, avaliar os efeitos de diversos medicamentos anti-hipertensivos ou de exercícios físicos sobre o padrão de complexidade da dinâmica cardiovascular, analisado em diversas escalas de tempo
Subject(s)
Humans , Cardiovascular Physiological Phenomena , Circadian Rhythm , Entropy , Circadian RhythmABSTRACT
Este trabalho examina resultados preliminares do uso das técnicas não-lineares e não-paramétricas aplicadas à predição de ondas teta observadas no rato mostrando que estas se caracterizam por não-linearidades e determinismo apreciável.