ABSTRACT
Foram estudados em 511 crianças de 0 a 10 anos de idade (288(56,4%) fumantes passivos e 223(43,6%) näo fumantes passivos), sorteadas nos domicílios selecionados através de amostragem estratificada, a presença de sintomas respiratórios, sua associaçäo com hábito tabágico domiciliar, a presença de doença pulmonar pregressa e a necessidade de tratamento para doenças respiratórias nos últimos seis meses. O método utilizado foi o da aplicaçäo de questionário padronizado respondido pela mäe ou responsável no domicílio. Os resultados mostraram que 30,7% desta populaçäo eram sintomáticos respiratórios, sendo a faixa estária mais acometida a de 0 a 2 anos de idade. Os sintomas mais encontrados foram tosse (19,4%), coriza (17,2%) e expectoraçäo (14,1%). O sintoma chiado apareceu em 9,4% dos indivíduos entrevistados. Existe associaçäo entre o fator de risco tabagismo passivo e a presença de sintomas respiratórios em todas as faixas etárias estudadas. A necessidade de tratamento para "doenças dos pulmöes e/ou dos brônquios nos últimos seis meses" apareceu em 81 (15,8%) dos indivíduos estudados e, dentre eles, 60 (74,1%) pertenciam ao grupo fumante passivo. Conclui-se que o tabagismo passivo está associado a uma maior prevalência de sintomáticos respiratórios, além de aumento do risco de gravidade nos casos de infecçäo respiratória agudas que exijam açöes dos serviços de saúde