ABSTRACT
Medidas contínuas da impedância elétrica do tórax refletem o fluxo sangüíneo instantâneo nas grandes artérias intratorácicas constituindo-se em uma técnica promissora para avaliaçäo näo-invasiva da funçäo ventricular e diagnóstico precoce de doença cardiovasculares. Na COPPE/UFRJ foi desenvolvido um instrumento para mediçäo do sinal e os primeiros estudos concentraram-se na determinaçäo dos critérios mais adequados para aquisiçäo e processamento do sinal. Esta fase inclui a investigaçäo dos efeitos introduzidos pela respiraçäo e sua influência sobre o sinal de origem cardiovascular. O mapeamento do sinal de impedância na superfície anterior do tórax mostrou que a atividade cardíaca também pode ser detectada e deu subsidios para auxiliar a interpretaçäo da origem dos sinais detectados. Em pacientes com doença coronariana, a primeira derivada do sinal apresenta um padräo temporal distorcido na fase inicial da sistole, que pode ser detectado em repouso, tornando viável e atraente a aplicaçäo do método na rotina clínica
Subject(s)
Humans , Apnea , Cardiography, Impedance/methods , Respiration , Coronary Disease/diagnosisABSTRACT
Simultaneamente com a realizaçäo da prova de esforçÝ para avaliaçäo da funçäo ventricular, foram feitas mediçöes contínuas do sinal de impedância torácica com o objetivo de verificar a sua potencialidade no diagnóstico näo-invasivo de doença arterial coronariana. 28 pacientes foram estudados e classificados em quatro grupos de acordo com o laudo do eletrocardiograma (ECG) e da cineangiocoronariografia. O sinal da impedância (DELTAZ) e o ECG foram gravados em fita magnética e processados em um computador digital. Após o cálculo da média coerente de DELTAZ, sua primeira derivada dZ/dt) foi calculada por métodos numéricos e filtrada digitalmente. Em pacientes com obstruçöes coronarianas o sinal dZ/dt apresenta um padräo deformado no início da sístole que näo é observado em indivíduos normais. Esta diferença está presente em repouso mas desaparece com o esforço submáximo, retornando porém após 10 minutos de interrupçäo do exercício. Sugere-se que este padräo deformado esteja refletindo uma contraçäo ventricular normal durante a fase isovolumétrica e que esta distorçäo seja corrigida pelo aumento da contratilidade miocárdica que acompanha o exercício