ABSTRACT
O ambiente da bolsa periodontal produz alterações na superfície radicular que prejudicam a resposta cicatricial aos procedimentos terapêuticos. Biomodificadores químicos e físicos têm sido empregados em procedimentos regenerativos para neutralizar produtos bacterianos e promover superfície radicular receptiva à inserção de células. Entre os meios físicos destacam-se os raios laser de diferentes comprimentos de onda. Esta revisão da literatura demonstrou que: o laser de CO2, quando usado com alta energia e no modo contínuo, não é apropriado para a remoção de cálculo e para debridamento radicular devido aos seus efeitos térmicos, mas, se usado a baixa energia e no modo pulsado/desfocado pode promover condicionamento e desinfecção radicular; o laser de Nd:YAG não supera a raspagem manual na remoção de cálculo e na produção de superfície radicular biocompatível à inserção de células e produz efeitos térmicos deletérios; o laser de Er:YAG em baixas intensidades e com resfriamento produz superfícies radiculares lisas sem sinais de danos por aquecimento, mas tão receptivas à inserção de células quanto às tratadas por raspagem manual. Até o presente, não há evidências suficientes de que o laser seja superior à raspagem manual no tratamento de raízes periodontalmente doentes.