ABSTRACT
A aplicação de testes para detecção de anti-PGL-1, no diagnósotico de infecção subclínica, acompanhamento terapêutico e detecção precoce de recidiva da hanseníase, ainda encontra limitações na correlação entre altos níveis de anticorpos com doença ativa, passada ou futura, de acordo com a revisão bibliográfica, ora apresentada. Além disso a alta sensibilidade se limita aos casos multibacilares (MB) e a especificidade é comprometida pela positividade em contatos safios e também em não contatos de áreas endêmicas. Entretanto, a síntese química do determinante antigênico do PGL-1 (resíduo trissacarídeo terminal) em quatro novos antígenos, a possibilidade de se utilizar sangue capilar em papel filtro e o mais recente teste Dipstick, todos com resultados similares ao teste de ELISA, tem facilitado sua aplicação, em estudos imunoepidemiológicos. Conclui-se que a sorologia tem papel complementar no monitoramento da eficácia terapêutica anti-hansênica e diagnóstico precoce da recidiva, além da utilidade da soroprevalência como um indicador da magniitude da endemia oculta e de transmissão recente da doença