Fibrina rica em plaquetas para recobrimento radicular no tratamento de recessões gengivais / Platelet-rich fibrin for root coverage on the treatment of gingival recessions

As principais queixas de pacientes com recessões gengivais são: aspecto antiestético e hipersensibilidade radicular. Diversas técnicas surgiram para recobrir raízes expostas, sendo o enxerto de tecido conjuntivo subepitelial (ETCS) considerado o padrão- ouro, devido à sua previsibilidade de resultado e manutenção em longo prazo. Outros biomateriais surgiram como alternativa ao ETCS, a fim de evitar suas principais desvantagens: segundo sítio cirúrgico e desconforto pós-operatório. É o caso da fibrina rica em plaquetas (PRF), biomaterial autógeno derivado do PRP, criado na França em 2001. Objetivo: realizar uma revisão da literatura sobre o uso do PRF para tratamento de recessões gengivais, para avaliar seu desempenho clínico no recobrimento radicular. Material e métodos: foi realizada uma pesquisa no PubMed com quatro palavras-chave, totalizando 819 títulos diferentes de artigos científicos. Através dos critérios de inclusão e exclusão, dez trabalhos foram selecionados. Conclusão: o PRF parece ser um biomaterial promissor no tratamento de recessões gengivais, por ter apresentado resultados satisfatórios de recobrimento radicular, semelhantes aos encontrados com o ETCS. Ele pode ser uma boa alternativa ao padrão-ouro, por evitar o segundo sítio cirúrgico, não gerar morbidade ou desconforto pós-operatórios e proporcionar uma melhor cicatrização inicial. Mais estudos devem ser feitos abordando análises histológicas, maior quantidade de indivíduos testados e maior tempo de acompanhamento.

Comparação de medições clínicas e tomográficas da espessura gengival de dentes anteriores / Comparison of clinical and tomografic measurements of gingival thickness in superior anterior teeth

Existem muitos métodos de medição da espessura gengival para determinação do morfotipo periodontal, desde procedimentos não invasivos (tomografia computadorizada por feixe cônico e a transparência da sonda através da margem gengival) a procedimentos invasivos (perfuração gengival através de espaçadores endodônticos, sondas periodontais ou agulhas anestésicas associadas a cursores de silicone). Apesar de a medição clínica ser o padrão-ouro atual, muitos estudos buscam comprovar a eficácia de métodos não invasivos. O objetivo do presente trabalho foi realizar uma comparação entre medição clínica e tomográfica da espessura gengival na região de dentes anteriores superiores. Cinco pacientes foram examinados através de exame tomográfico e por avaliação clínica por perfuração com espaçador endodôntico. Foram avaliados seis dentes de cada paciente, de canino a canino superiores. Os resultados não mostraram uma diferença estatisticamente significativa entre os dois métodos. Apesar das limitações do estudo, concluiu-se que os métodos são equivalentes.