ABSTRACT
No período compreendido entre março e maio de 1997, estudamos a presença de leveduras em urina (candidúria) e sua identificação em 53 pacientes diabéticos e 46 pacientes não-diabéticos, que utilizam os serviços laboratoriais do Hospital Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). A frequência de Candidúria em pacientes diabéticos foi significativamente maior que em pacientes não-diabéticos. A espécie de Candida, mais frequentemente isolada, foi C. albicans (sete isolamentos), seguida de C. glabrata (dois isolamentos), C. parapsilosis (um isolamento) e C. famata (um isolamento). Quando comparamos dados clínico-laboratoriais e demográficos dos pacientes diabéticos com ou sem candidúria, não observamos diferenças com relação à presença de substâncias redutoras na urina, níveis de glicemia e idade meia. A observação da presença exclusiva de candidúria em pacientes do sexo feminino, sugere contaminação de usa urina, por elementos leveduriformes, oriundos provavelmente de secreção vaginal, já que vulvovaginites por Candida são comuns em pacientes diabéticos do sexo feminino.