ABSTRACT
OBJETIVO: Determinar a prevalência do ameloblastoma intra-ósseo da mandíbula em relação ao sexo e à idade dos pacientes, as suas localizações mais freqüentes e os achados radiológicos mais comuns. MATERIAL E MÉTODO: Foram revisados 31 casos de ameloblastomas intra-ósseos da mandíbula diagnosticados no Serviço de Cirurgia Oral e Maxilofacial do Hospital Universitário Pedro Ernesto, no período de janeiro de 1990 a dezembro de 1999. Os prontuários e as radiografias foram revisados por um único examinador. RESULTADOS: Houve ligeira predominância do sexo feminino e a média da idade dos pacientes foi de 35,2 anos. A maioria dos pacientes apresentava aumento de volume devido ao crescimento da lesão, e alguns deles relatavam sintomas dolorosos. Quanto aos aspectos radiológicos, todas as lesões eram exclusivamente radiotransparentes, sendo que 61,3 por cento eram multiloculadas e 38,7 por cento, uniloculadas. Os limites radiográficos eram nítidos e bem delimitados em 77,4 por cento dos casos e a maioria das lesões causava expansão nas corticais ósseas vestibular e lingual da mandíbula. Quarenta e dois por cento das lesões causavam deslocamento de elementos dentários adjacentes à lesão e em 25,8 por cento dos casos havia associação do tumor com dente incluso. CONCLUSÃO: Não houve diferenças estatisticamente significativas entre pacientes com lesões com aspecto radiológico uniloculado e multiloculado, quando foram analisados a expansão das corticais ósseas, os limites radiográficos, a associação da lesão com a coroa de um dente incluso, o deslocamento dentário e a reabsorção das raízes dentárias.