ABSTRACT
Este trabalho investiga a relação dialética entre desejo e razão, pensando-a no contexto das práticas corporais. Inicialmente, examinou-se a questão na filosofia grega, que circunscreve essa dialética em um projeto teleológico da "boa vida". Em seguida, analisou-se como essa dialética se comporta a partir do advento da teoria psicanalítica, discutindo continuidades e rupturas com a tradição aristotélica a partir do destaque ao papel do inconsciente. Conclui-se que a dialética entre desejo e razão pode conferir aportes importantes às reflexões sobre as práticas corporais por meio de conceitos que antes pareciam incompatíveis, promovendo uma via ainda pouco explorada nos estudos do corpo e do movimento (AU).
This work investigates the dialectical relationship between desire and reason, thinking it in the context of bodily practices. Initially, the question was examined in Greek philosophy, in a teleological project of the "good life". Then, it was analyzed how this dialectic behaves from the advent of psychoanalytic theory, discussing continuities and ruptures with the Aristotelian tradition based on the emphasis on the role of the unconscious. It is concluded that the dialectic between desire and reason can give important contributions to the reflections on corporal practices through concepts that previously seemed incompatible, promoting a path that is still little explored in the studies of the body and movemen (AU).
Este trabajo investiga la relación dialéctica entre el deseo y la razón, pensando en el contexto de las prácticas corporales. La cuestión fue examinada en la filosofía griega, que circunscribe esta dialéctica en un proyecto teleológico de la "buena vida". Luego, se analizó cómo se comporta esta dialéctica desde el advenimiento de la teoría psicoanalítica, discutiendo continuidades y rupturas basadas en el papel del inconsciente. Se concluye que la dialéctica entre el deseo y la razón puede proporcionar contribuciones importantes a las reflexiones sobre las prácticas corporales a través de conceptos que antes parecían incompatibles, promoviendo un camino que aún se explora poco en los estudios del cuerpo y el movimiento (AU).