ABSTRACT
Este estudo objetivou avaliar e correlacionar as assimetrias facial e esquelética da maxila e mandíbula, em 32 indivíduos de ambos os gêneros, com idades entre seis anos e quatro meses e onze anos e nove meses, com mordida cruzada posterior esquelética unilateral e sem tratamento ortodôntico. De cada indivíduo foram obtidas fotografias extrabucais frontais e telerradiografias em norma frontal - póstero-anterior (P.A.). Nas fotografias, foi traçada a linha mediana facial e, paralelas a ela, linhas verticais, que dividiram a face em sextos (região externa, média e interna dos lados direito e esquerdo), realizando-se a medida de cada uma destas regiões. Para a obtenção das medidas na P.A., foram traçadas a distância da linha sagital mediana verdadeira, perpendicularmente, até os pontos jugal e antigonial, bilateralmente. Para as medidas nas fotografias, o teste "t" de Student para amostras dependentes detectou que os indivíduos com mordida cruzada posterior direita apresentaram os valores das regiões externa e média e o somatório total da hemiface direita, maiores no lado da maloclusão (p≤0,05). As medidas da região externa e o somatório total da hemiface esquerda foram significativamente maiores no lado esquerdo (p≤0,05), nos indivíduos com mordida cruzada posterior esquerda. Na P.A., para as comparações do lado esquerdo em relação ao direito, e do direito em relação ao esquerdo, o teste "t" de Student não detectou diferença estatisticamente significante. Concluiu-se que os indivíduos com mordida cruzada posterior esquelética unilateral apresentaram assimetria esquelética, não havendo, portanto, correlação entre assimetria facial e assimetria esquelética.