Your browser doesn't support javascript.
loading
Show: 20 | 50 | 100
Results 1 - 2 de 2
Filter
Add filters








Year range
1.
Sex., salud soc. (Rio J.) ; (17): 66-97, May-Aug/2014. tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-722335

ABSTRACT

Este artigo problematiza alguns obstáculos discursivos para o cuidado integral e humanizado à saúde de pessoas transexuais no Processo Transexualizador brasileiro. Para tanto, faz-se o cotejamento das experiências de Agnes, uma participante da Clínica de Gênero da UCLA na década de 1950, e Vitória, atual usuária de um dos programas de transgenitalização brasileiros, com instâncias classificadoras. Argumenta-se que, embora estejam temporal e geograficamente distantes, Agnes e Vitória engajam-se em performances identitárias muito semelhantes balizadas por uma política narrativo-essencialista que patologiza e homogeneíza as transexualidades. Defende-se que tal política pode ser desafiada por microrresistências narrativo-performativas, i.e., histórias de vida que mostrem às instâncias classificadoras/diagnosticadoras in situ as multiplicidades que constituem nossa vida generificada e possam, enfim, produzir, performativamente, novos regimes identitários em consonância com a fragmentação que nos é constitutiva. Com isso, argumenta-se que a despatologização da transexualidade é central para a construção de relações intersubjetivas entre equipes médicas e usuários/as transexuais baseadas em confiança mútua, salientando, assim, seu potencial para a humanização do cuidado à saúde.


This paper discusses some discursive obstacles for a comprehensive and humanized trans-specific health care in the Brazilian context. To this end, it compares the experiences with classifying agencies established by Agnes, a participant at the UCLA Gender Clinic in the 1950's, and Vitória, a user of one of the sex reassignment clinics in Brazil. It is argued that although Agnes and Vitória are temporally and geographically afar, they produce very similar identity performances, which are guided by a narrative-essentialist policy that pathologizes and homogenizes transsexualities. The paper defends that this narrative policy may be challenged by narrative-performative microresistances, i.e. life stories that show the classificatory/ diagnostic institutions the multiplicities that constitute our gendered life. These stories may performatively construct new identity regimes in accordance with the chaos that constitutes our identities. It is argued that depathologizing transsexuality is a central strategy to build more trusting intersubjective relations between physicians and transsexual users of the clinics. It is concluded that the depathologization of transsexuality offers a potent alternative for the humanization of trans-specific health-care.


Este artículo problematiza algunos obstáculos discursivos en el Proceso Transexualizador brasilero para el cuidado integral y humanizado de la salud de personas transexuales. Se realiza, para ello, el cotejo de las experiencias de Agnes, participante de la Clínica de Género de la UCLA en la década de 1950, y Victoria, actual usuaria de uno de los programas de transgenitalización brasileros, con las instancias clasificadoras. Se argumenta que, aunque temporal y geográficamente distantes, Agnes y Victoria se compromenten en performances identitarias muy semejantes, demarcadas por una política narrativo-existencialista que patologiza y homogeneiza las transexualidades. Se sostiene que dicha política puede ser desafiada por microrresistencias narrativo-performativas, es decir, historias de vida que muestren a las instancias clasificadoras/diagnosticadores, in situ, las multiplicidades que constituyen nuestra vida generificada y puedan, finalmente, producir performativamente nuevos regímenes identitarios, en consonancia con la fragmentación que nos es constitutiva. Se argumenta con ello que la despatologización de la transexualidad es central para la construcción de relaciones intersubjetivas entre equipos médicos y usuarios/as transexuales basadas en la confianza mutua, destacando así su potencial para la humanización del cuidado de la salud.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Humanization of Assistance , Gender Identity , Integrality in Health , Transgender Persons/psychology , Brazil , Social Control, Informal
2.
Physis (Rio J.) ; 21(4): 1369-1400, out.-dez. 2011. tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-611080

ABSTRACT

Este artigo propõe aproximar a Linguística Aplicada de um contexto pouco estudado nos estudos da linguagem no Brasil: a prevenção de DST/Aids. Com base em uma perspectiva não essencialista das relações entre linguagem e identidades sociais, discute-se a importância de atentarmos ao uso de linguagem nesse contexto e descreve-se a construção interacional de identidades em intervenções para distribuição de preservativos entre travestis que se prostituem em uma região urbana do sul do Brasil. Os dados indicam que, durante as intervenções, Sandra e Márcia, mulheres em gênero e sexo, engajam-se em interações nas quais utilizam intertextos identitários associados a identidades não tradicionais e, assim, produzem o efeito de adequação de suas identidades às travestis e ao contexto interacional onde se inserem. Argumenta-se que linguagem, identidade e intertextualidade são construtos fundamentais para entendermos esse contexto interacional e para o combate à disseminação de DST/Aids.


This paper proposes to approach Applied Linguistics to a little studied context in language studies in Brazil: the prevention of STD/AIDS. Based on a non-essentialist view of the relationship between language and social identities, it discusses the importance of minding the use of language in this context and describes the interactional construction of identities in interventions for distribution of condoms among transvestite prostitutes in an urban region of Southern Brazil. Data indicate that during the talks, Sandra and Marcia, female gender and sex, engage in interactions in which they use identity inter-texts associated with non-traditional identities and thus produce the effect of the adequacy of their identities to the transvestites and to the interactional context in which they operate. It argues that language, identity and inter-textuality are fundamental constructs to understand this interactional context and to address the spread of STD/AIDS.


Subject(s)
Humans , Gender Identity , Linguistics/methods , Linguistics/trends , Communicable Disease Control/prevention & control , Sexual Behavior , Acquired Immunodeficiency Syndrome/prevention & control
SELECTION OF CITATIONS
SEARCH DETAIL