ABSTRACT
Os debates sobre o acolhimento das diversidades e a inclusão de grupos populacionais em maior situação de vulnerabilidade na área da saúde têm sido crescentes em âmbito nacional e internacional. No Brasil, a trajetória da Nutrição Inclusiva foi impulsionada no início na década de 2000, e atualmente é definida como a forma de exercer a profissão na qual o nutricionista utiliza todos os recursos disponíveis para promover a inclusão, a saúde e a segurança alimentar e nutricional de pessoas em situação de vulnerabilidade, por meio de ações oportunas e ajustadas às singularidades desses sujeitos, tendo como base o acolhimento, o respeito à diversidade, a acessibilidade e o estímulo à autonomia. Atravessa todas as áreas de atuação e cenários de prática do nutricionista, com foco na produção de novos modos de cuidar e novas formas de organizar o trabalho que visem à segurança alimentar e nutricional e à justiça social. Assim, os saberes que vêm sendo construídos nessa direção devem ser incorporados pelo profissional desde a sua formação até a sua prática cotidiana, visando beneficiar direta e/ou indiretamente a saúde e a nutrição dos grupos populacionais em maior situação de vulnerabilidade.
Debates on embracing diversity and the inclusion of more vulnerable populations in the health area have been growing at the national and international levels. In Brazil, the trajectory of Inclusive Nutrition was pushed forward at the beginning of the 2000s and is currently defined as a practice in which the nutritionist uses all available resources to promote inclusion, health, food safety, and nutrition of vulnerable populations through timely actions adjusted to their singularities, based on acceptance, respect for diversity, accessibility, and encouragement of autonomy. It extends over all the areas of action and practice of the nutritionist, focusing on the production of new ways of caring and of organizing work aimed at food and nutritional security and social justice. Thus, the knowledge that has been built in this direction must be incorporated by professionals, from their training to their daily practice, aiming to directly and/or indirectly benefit the health and nutrition of vulnerable populations.