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Salvador; s.n; 2013. 74 p. ilus.
Thesis in Portuguese | LILACS | ID: lil-710712

ABSTRACT

No Novo Mundo, a leishmaniose visceral (LV) é causada pela Leishmania infantum, que tem como vetor o inseto flebotomíneo Lutzomyia longipalpis. Os cães são considerados o principal reservatório urbano da infecção. Devido ao fato do controle da LV se basear, principalmente, no controle da leishmaniose visceral canina (LVC), é importante estudar o papel dos cães na transmissão da infecção. Foi demonstrado que cães apresentando diferentes apresentações clínicas da LV, inclusive os assintomáticos transmitem a infecção ao vetor flebotomíneo. Nenhum estudo sistemático avaliou a associação direta entre a carga parasitária em diferentes tecidos e a transmissão do parasito. A hipótese desse estudo é que cães com baixa carga parasitária na pele e no sangue não transmitem a infecção ao vetor flebotomíneo. O objetivo deste estudo foi analisar se há correlação entre a carga parasitária de cães com diferentes apresentações clínicas da LV e a transmissão ao vetor Lutzomyia longipalpis. Foram selecionados 35 cães de dois canis, locazidos em area endêmica (n=23) e não endêmica (n=12) para LV. Os animais foram classificados de acordo com o número de sinais clínicos em: assintomáticos (sem sinais; n=12), oligossintomáticos (1-3 sinais; n=15) e polissintomático (<3 sinais; n =8). Todos os 35 cães foram positivos em pelo menos um dos testes diagnósticos: ELISA (n=8), cultura de aspirado esplênico (n=9) e qPCR (n=35) dos tecidos avaliados. Diferentes tecidos (sangue periférico, aspirado esplênico e biópsia de pele) foram coletados para quantificação do DNA do parasito pela qPCR. Para avaliar a capacidade de transmissão dos cães, foi realizado xenodiagnóstico, seguido de determinação da carga parasitária em cada flebótomo utilizando qPCR. Finalmente, a capacidade de transmissão de Leishmania foi estimada pela determinação, após o xenodiagnóstico, da infectividade de cães ao flebótomo, da taxa de infecção de flebótomos, e da carga parasitária transmitida aos flebótomos. Baixa carga parasitária na pele e no sangue foi detectada em aproximadamente 85% dos cães assintomáticos. A infectividade de cães ao flebótomo variou de 60 a 90%, e foi similar entre animais apresentando diferentes números de sinais clínicos. Foi identificado que o maior percentual (51%) de cães transmite parasitos a um pequeno número de flebótomos (de 1 a 5 em 30 flebótomos utilizados no xenodiagnóstico). Entre os tecidos analisados, correlação positiva foi detectada entre a infectividade de cães ao vetor e a carga parasitária nas amostras de sangue (r = 0.50, p<0.01). Adicionalmente, foi observada, correlação positiva entre menor taxa de infecção dos flebótomos e baixa carga parasitária no sangue (r = 0.53, p<0.01). Em conjunto, estes dados mostram que cães com baixa carga parasitária são capazes de transmitir o parasito, porém a um pequeno número de flebótomos e com uma baixa carga parasitária.


Subject(s)
Animals , Dogs , Infections/pathology , Leishmaniasis, Visceral/parasitology , Xenodiagnosis/methods
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