ABSTRACT
O objetivo deste trabalho é analisar a ocorrência de acidentes de trabalho entre os trabalhadores da estiva no Espírito Santo, no período de 1991 a 2002, e sua relação com fatores de risco presentes nas atividades. A hipótese desta pesquisa é que o processo saúde/doença é histórico e social, resultante do próprio modelo econômico de produção e os acidentes são produzidos pelas relações sociais do trabalho. Trata-se de um estudo epidemiológico que combina a abordagem descritiva e a análise de série histórica, por meio das Comunicações de Acidentes do Trabalho (CAT), arquivadas no sindicato da categoria. Os resultados mostram um aumento do coeficiente de acidentes de trabalho a partir da mudança de gerenciamento imposto pela Lei de Modernização dos Portos, que começou a vigorar em 1996, e um aumento dos acidentes relacionados com recordes de produção e redução do número de trabalhadores por turno.
Subject(s)
Accidents, Occupational , Occupational HealthABSTRACT
Propõe-se uma reflexão, com base histórica, sobre o estado atual das políticas de recursos humanos em saúde. Destaca-se a importância da utilização dos diagnósticos cosntruídos a partir das Conferências Nacionais de Saúde e de Recursos Humanos e da Norma Operacional Básica de Recursos Humanos (NOB/RH), como paradigma de novas abordagens na área. Procura-se demonstrar a necessidade da construção de sujeitos sociais na reinvenção do cotidiano nas políticas públicas voltadas para a área como forma de avanço em direção ao Sistema Único de Saúde (SUS) que queremos.
Subject(s)
Humans , Unified Health System , Health Conferences , Health Policy , Health Workforce , Basic Health ServicesABSTRACT
A partir de demanda do Sindicato dos Policiais Civis do Espírito Santo foi realizado um estudo, que teve por objetivo geral avaliar as condições de risco à vida e à saúde a que estão submetidos os trabalhadores desta categoria profissional. A metodologia utilizada teve por característica buscar integrar o saber técnico ao saber dos próprios trabalhadores. Entre os resultados encontrados são descritas as condições penosas de trabalho decorrentes de falta de equipamentos (ou equipamentos sem manutenção) para o desempenho da função; as condições precárias, insalubres e perigosas dos locais de trabalho; o acúmulo de trabalho devido ao número insuficiente de funcionários; o desvio de função; a falta de treinamentos; o prolongamento da jornada de trabalho e ritmo intenso; os riscos de acidente e morte do policial; a má-remuneração; a grande responsabilidade social e pressão da população usuária. Do ponto de vista dos indicadores do desgaste decorrente destas condições de trabalho, destacaram-se os distúrbios mentais, os gastro-intestinais e os ósteo-articulares e o elevado uso habitual de "calmantes".